Correio do Estado | 30 de maio de 2011 - 16:38

Quatro pessoas são presas por ocultação de cadáver no lixão da Capital

A denúncia de uma irmã fez com que um crime não ficasse sem solução em Campo Grande. Rosana dos Santos Pacheco, irmã de Aristides Cavalheiro Lopes, procurou a Delegacia de Homucídios (DEH) no dia 12 de maio para denunciar o sumiço do rapaz. Após investigações, a polícia descobriu que ele tinha sido assassinado.

Segundo o delegado responsável pelas investigações, Edilson dos Santos Silva, o rapaz foi executado porque teria vendido uma moto furtada para Milton Bogado, de 49 anos, por R$ 200. Ele recebeu o dinheiro mas não entregava a moto, que seria uma YBR vermelha, não encontrada até agora pela polícia.

Sem o veículo, Milton começou a fazer ameaças a Aristides até que no dia 11 deste mês o agrediu, junto com o próprio filho, Wesley Mendes Bogado, de 19 anos e o cunhado, Marcelo Carlos de Souza, que foi ouvido e liberado.

Eles levaram Aristides para a casa de Gilberto Ferreira da Silva, de 38 anos e Anderson Luciano de Souza Moares, de 36 anos, que teriam executado a vítima. Eles estão foragidos.

Mauro David do Prado teria recebido R$ 20 para ocultar o corpo do rapaz. Reginaldo de Almeida Marcelino da Cruz o ajudou a carregar. Ele foi indiciado por participação.

Estão presos por homicídio doloso e ocultação de cadáver Milton Bogado e o filho Wesley Bogado, Mauro David do Prado, que estava foragido da colônia penal onde cumpria pena por por formação de quadrilha e receptação e Wagner Albuquerque de Oliveira, dono da casa onde aconteceu a agressão.

O corpo

Para o delegado Edilson Santos, será muito difícil achar o corpo de Aristídes, que é procurado no lixão do Jardim Noroeste desde a última quinta-feira. "É muito lixo chegando a todo momento, acho que dificilmente encontraremos", relatou.

Apesar da dificuldade, a polícia continuará as buscas, que serão retomadas na tarde de hoje com uma escavadeira de maior alcance.