Mutirão carcerário em Mato Grosso do Sul foi concluído nesta terça-feira (24) com a concessão de liberdade para 224 presos que cumprem pena em penitenciárias do estado. Ao todo foram analisados 5.945 processos.

Além de analisar os processos, os juizes visitaram os principais presídios e delegacias do Estado. O problema de superlotação não atinge apenas as penitenciárias. Algumas delegacias também estão com celas superlotadas

Numa delegacia de Dourados, por exemplo, os juízes encontraram 34 presos provisórios. Ao todo foram vistoriados dezoito presídios em Mato Grosso do Sul. Atualmente cerca de 9.600 presos cumprem pena em 44 unidades prisionais.
“O número de detentos é muito maior em relação a capacidade. Esse é o principal aspecto que deve ser revisto e analisado”, afirmou Carlos Ritzmann, juiz auxiliar da presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Já o secretário de justiça e segurança pública do estado, Wantuir Jacine, afirmou que nos últimos dois anos Mato Grosso do Sul investiu cerca de R$ 60 milhões reais na criação de novas vagas. O problema, afirma o secretário, é a falta de contra partida da União.

“Estado investiu R$ 60 milhões, União, R$ 30 milhões. Precisamos inverter isso”, declarou secretário.