20 de dezembro de 2004 - 07:37

Santos vence o Vasco e conquista o bicampeonato brasileiro

Completo, inclusive com o atacante Robinho, o Santos venceu o Vasco por 2 a 1, neste domingo, no estádio Benedito Teixeira, em São José do Rio Preto (SP), e tornou-se bicampeão do Campeonato Brasileiro, na última rodada da competição. Com o triunfo, o time da Baixada Santista, clube que mais liderou o torneio (20 das 46 rodadas), totalizou 89 pontos.

O primeiro título santista foi conquistado em 2002, quando o time então comandado por Emerson Leão e com as "pedaladas" de Robinho venceu o Corinthians na decisão. Com o título nacional de 2004, no sistema de pontos corridos, o Santos se tornou o time com a melhor seqüência no topo do Brasileiro na história. Após ter sido campeão há dois anos, também foi vice em 2003, no primeiro ano da fórmula que premiou a equipe que computou mais pontos após turno e returno.

O Santos também terminou a irretocável campanha deste ano com um recorde. Chegou a 103 gols e superou em um tento a marca do Cruzeiro, campeão em 2003, na época com Luxemburgo no comando.

Neste ano, Luxemburgo chegou a seu quinto título nacional e ampliou o recorde de treinador que mais conquistou Brasileiros na história. Além de ter ganho em 2003, foi campeão com o Palmeiras em 1993 e 1994 e com o Corinthians em 1998. Apesar disso, o futuro de Luxemburgo na Vila Belmiro em 2005 ainda é incerto. Ele recebe R$ 400 mil por mês no Santos, mas tem proposta da MSI (Media Sports Investiments) para ir para o Corinthians, onde ganharia cerca de R$ 600 mil.

Outro que pode ter feito sua despedida do Santos é Robinho. O jogador tem propostas de clubes da Europa, como o Real Madrid, da Espanha. Apesar disso, o presidente santista, Marcelo Teixeira quer a permanência do craque para o primeiro semestre de 2005, quando o clube irá disputar a Libertadores. O contrato de Robinho com o Santos vai até 2008 e multa rescisória de US$ 50 milhões.

1º tempo

Com o estádio cheio (mais de 36 mil torcedores) o Santos teve pela frente o Vasco, rival que após ter se livrado da ameaça de rebaixamento e garantido sua permanência na elite do Nacional na rodada passada, quando venceu o Atlético-PR (1 a 0), deu mostras de que não iria endurecer o jogo contra o Santos. Prova disso, foi a ausência do craque do time carioca, o meia sérvio Petkovic, que estaria se transferindo para o Fluminense.

Além disso, o técnico Joel Santana escalou a equipe com três zagueiros, seis no meio e apenas um na frente. Apesar da falta de ritmo de jogo, Robinho --que jogou até os 20 minutos do segundo tempo para a entrada de Basílio--, teve a primeira chance de gol da partida.

Aos 2min, Robinho, de cabeça, quase marcou, mas o goleiro vascaíno Everton defendeu à queima roupa. "Graças a Deus ficou tudo bem. Meu negócio é jogar futebol", dizia Robinho, antes do jogo, em referência ao fim do seqüestro de sua mãe, Maria de Souza, que ficou 41 dias no cativeiro e foi libertada na última sexta. Durante esse período, Robinho deixou de atuar em seis jogos do time no Nacional.

Ele é co-artilheiro do time ao lado do atacante Deivid, ambos com 21 gols. Aos 5min, o Santos chegou ao gol após cobrança de falta perto da área. O meia canhoto Ricardinho, capitão do time, colocou a bola no ângulo esquerdo.

O Vasco só assustou aos 14min, com Junior que arriscou da entrada da área, mas errou a mira. O segundo gol santista surgiu aos 29min, quando Preto Casagrande cruzou da direita e Elano, de dentro da área, cabeceou para o fundo das redes. Na comemoração, ele homenageou Narciso, com uma camiseta com o nome do zagueiro, que está internado por problemas de saúde.

2º tempo

Aos 14min da etapa final, Robinho marcou após receber lançamento e pedalar para cima do goleiro Everton, mas o bandeira Paulo Ricardo Conceição, anulou o gol ao anotar impedimento inexistente do atacante, que estava na mesma linha do marcador. Um minuto depois, o atacante vascaíno Marco Brito cortou o zagueiro e diminuiu.

O Santos teve que passar mandar o jogo no interior depois que o STJD lhe tirou o mando pelo mau comportamento de sua torcida, que lançou fogos de artifício e copos d'água no gramado da Vila Belmiro. Com isso, além de pagar multa, o Santos foi obrigado a jogar a 150 km de sua sede, no mínimo.


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