Ascom/MDS | 21 de maio de 2011 - 10:47

Chamada Nutricional Quilombola chega a Mato Grosso do Sul

As comunidades Furnas da Boa Sorte e Furnas do Dionísio receberão a partir deste sábado (21), os pesquisadores do Núcleo de Pesquisa, Informação e Políticas Públicas da Universidade Federal Fluminense (DataUFF).

A instituição, contratada por meio de licitação pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), vai coletar dados para a Pesquisa de Avaliação Nutricional.

Vinte e duas comunidades quilombolas nos estados de Mato Grosso do Sul, Sergipe e Piauí receberão a visita dos pesquisadores.

O estudo, conduzido pelo MDS, em parceria com a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), vai analisar o perfil nutricional de crianças menores de 5 anos de idade, além de avaliar a situação socioeconômica das famílias.

“Além disso, faremos o georreferenciamento de todos os domicílios e de todos os equipamentos públicos disponíveis na região”, explica a diretora de Avaliação da Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação (Sagi) do MDS, Junia Quiroga.

Visitas

Em todo o Brasil, 173 comunidades quilombolas tituladas, localizadas em 55 municípios, serão avaliadas. A pesquisa é inédita no País.

“Em 2006, fizemos um levantamento, porém, além de ter visitado um número menor de comunidades, o questionário era mais simples.

Desta vez, temos um universo muito maior de comunidades e um questionário bem mais detalhado”, diz Quiroga.

A pesquisa também vai investigar o acesso dessas comunidades aos serviços, benefícios e programas governamentais.

A equipe de pesquisadores da DataUFF já fez o trabalho de campo em São Paulo, Maranhão, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Pernambuco.

Em junho e julho, será a vez dos estados de Goiás, Mato Grosso, Pará e Amapá. Além dos pesquisadores, agentes comunitários de saúde também ajudam a pesar e a medir as crianças.

A expectativa do MDS é que os resultados do estudo sejam divulgados em 2012.

“Embora a pesquisa atual fique restrita às 173 comunidades tituladas até 2009, nossa expectativa é que outro levantamento seja feito daqui a três ou cinco anos e, então, incluiremos as comunidades tituladas após 2009”, afirma a diretora.