17 de dezembro de 2004 - 17:59

Seis agentes da PF escoltam equipe do Incra a Iguatemi

Seis agentes da Polícia Federal estão escoltando a equipe do Incra (Instituto de Colonização e Reforma Agrária) que foi nesta manhã a Iguatemi (a 270 km de Dourados, no sul do Estado) para selecionar as famílias que serão assentadas na fazenda Colorado. No início da semana, o superintendente do órgão, Luiz Carlos Bonelli, mandou ofício à Superintendência da Polícia Federal e à Secretaria Estadual de Segurança Pública, pedindo escolta aos técnicos. Famílias excluídas do assentamento por possuírem antecedentes criminais teriam feito ameaças aos funcionários do Incra e estariam prometendo tomar os lotes dos outros colonos.O superintendente-adjunto do Incra, Valdir Périus, que chefia a equipe, disse agora há pouco que o clima é tranqüilo na área. Segundo ele, as 12 famílias excluídas já foram informadas e não houve reação, apenas um “visível descontentamento”. Os outros sem-terra já estão entrando na área, desapropriada em 2003. “Mas temos certeza que não aconteceu nada por causa da presença da Polícia Federal”, afirmou Périus. A equipe continua no local pelo menos até amanhã.Ele denunciou que proprietários de terras no Paraguai, ligados ao tráfico de drogas, estariam por trás das famílias excluídas. “E não podemos permitir que essas pessoas entrem no assentamento, onde estão sendo instaladas famílias que têm uma expectativa de vida nova”, declarou. Périus disse que as ameaças aos funcionários do Incra foram comunicadas à Polícia Federal.O superintendente-adjunto informou que o dinheiro para a construção das casas dos novos assentados já está garantido e as obras devem começar em janeiro. Outras 12 famílias serão selecionadas para ocupar a vaga dos excluídos do projeto. Os sem-terra que estão sendo assentados na área da antiga fazenda Colorado são ligados à Fetagri (Federação dos Trabalhadores na Agricultura).
 
 
 
 
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