G1 | 13 de maio de 2011 - 06:40

Vigilância e CRO fecham laboratório de prótese em Campo Grande

Para fazer uma prótese dentária é preciso encaminhamento e molde feitos por um ortodentista. Não era isso que acontecia no laboratório de Edson Martins Coenga, 53 anos. Ele exerce a atividade há 38 anos e possuía registro de 1990, sem nunca ter renovado o mesmo junto aos órgãos competentes.

Hoje, integrantes da Delegacia do Consumidor (Decon) e o Conselho Regional de Ortodontia (CRO) foram até o laboratório na Rua Abrão Júlio Rahe juntamente com a Vigilância Sanitária para interditar o local. O Portal Correio do Estado acompanhou a ação. Aparentemente o local é uma residência, mas ao adentrar – gessos, cadeira de dentista, equipamentos de moldagem e móveis como pias e escrivaninhas todos misturados em um mesmo ambiente.

A Vigilância Sanitária atentou para as condições de higiene insatisfatórias e presença de mobiliário de dentista. O local será interditado e Edson pode ser multado entre R$ 100 e R$ 15 mil.

A denúncia na Decon apontava que Edson fazia “receitas” de dentadura sem consultar um dentista. “Aqui é um laboratório de prótese, não consultório, mas eu não sabia que isso era errado. Tem um dentista de Camapuã que trabalha aqui no fim de semana, por isso tem a cadeira. É tudo limpinho, mas como trabalho com gesso, não tem como deixar igual um consultório”, justifica Edson.

Recentemente Edson, que já foi candidato a deputado, teve um aneurisma cerebral e está se recuperando. Ele deu entrada em documentos para aposentar-se por invalidez, pois afirma que não se recorda de muitos detalhes técnicos que sabia antes do acidente.