R7 | 11 de maio de 2011 - 14:47

A três dias do fim do prazo, só 31% das grávidas se vacinaram contra gripe

A três dias do fim da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, nem metade das pessoas que devem tomar a vacina foi até o posto de saúde para receber a dose. De acordo com balanço divulgado nesta quarta-feira (11) pelo Ministério da Saúde, 47% do público-alvo se vacinou, mas a situação é mais grave entre as grávidas, que têm índice de vacinação de 31,4%, e os indígenas (24,95% deles receberam a dose). É possível se imunizar até sexta-feira (13).

As crianças de seis meses a dois anos de idade são o grupo que mais se vacinou contra a gripe – 52,24% delas já tomaram a dose. Depois aparecem os idosos acima de 60 anos, com 49,51%, e os trabalhadores do setor de saúde, com 43,99%.

De acordo com o ministério, no caso dos indígenas que moram em aldeias, a vacinação é feita pelo próprio governo, já que equipes vão até o local para aplicar o produto. Indígenas que moram em cidades precisam ir até um posto para se vacinar.

No ano passado, durante a campanha de vacinação contra a gripe A (H1N1), particularmente conhecida como suína, também houve dificuldade em convencer as gestantes a se vacinar. Isso apesar de elas serem um grupo que sofre muito com a gripe. De acordo com o Ministério da Saúde, durante a pandemia de gripe suína, as gestantes foram um dos grupos mais afetados.

– Entre as mulheres em idade fértil que apresentaram quadros graves de doença respiratória causada pelo vírus H1N1, 22% estavam gestantes. 

Especialistas dizem que o risco é semelhante para a gripe comum. Existe também o temor de que a dose prejudique o bebê. Mas como a vacina é produzida apenas com fragmentos de “versões” do vírus da gripe, não há risco de a pessoa contrair a doença. Além disso, o produto não prejudica o feto.

O ministério diz, em nota, que “a vacina é segura e está indicada para todas as grávidas, independentemente do período de gestação”.

– Além disso, não há evidências científicas de que a vacina possa causar dano ao feto, afetar a capacidade reprodutiva da mulher ou provocar aborto.

O Ministério da Saúde iniciou a campanha no último dia 25, com a meta de vacinar ao menos 23,8 milhões de pessoas, o que representa 80% do público-alvo. Ao todo, 33 mil postos do país distribuem a vacina gratuitamente