O jovem A.J.L. (que não quis ser identificado), de 20 anos, morador de Amambai, procurou a reportagem do jornal Correio do Conesul para uma grave denúncia. Ele acusa os policiais militares, Sgt. Marcelo e o policial Amaral, lotados na 3ª Cia. Independente de Polícia Militar, de agressões físicas e moral, na noite de sexta-feira, 29.

De acordo com o jovem, os policiais o abordaram após uma conversão errada no semáforo, na Avenida Pedro Manvailer, no centro da cidade. Sem habilitação, o jovem foi encaminhado para a base da Polícia Militar, onde, segundo o jovem, aconteceram as agressões.

“Eles me levaram para um quartinho separado; deixaram as meninas (que o acompanhava) dentro do carro. Fizeram isso planejando a agressão. Me deram tapas na cara e soco na nuca.”, disse o jovem.

“Não sei o motivo que os levou a me agredir. Não havia os desrespeitados. Tudo que eles pediram eu fiz”, disse. 

Após a agressão, o jovem, acompanhado de seus pais, procurou a Delegacia de Polícia, onde fizeram um Boletim de Ocorrência contra os policiais.

Os pais estavam revoltados com a atitudes dos PMs. “Meu filho não é bandido! Ele agiu errado, reconheço. Mas isso não dá o direito desses policiais fazer o que fizeram”, disse a mãe do garoto.

Ao tentar fazer o Corpo de Delito, no Hospital Regional de Amambai, a família do jovem foi informada que o médico de plantão não era habilitado para tal perícia. A.J.L. teve de retornar no outro dia pela manhã.

“Até o outro dia as marcas das agressões já saíram”, afirma a mãe do rapaz.

Procurado pela reportagem, o comando da PM informou que abriu uma sindicância para apurar as denúncias de abuso de autoridade por parte dos PMs. Os dois irão responder, ainda, por insubordinação; já que durante a mesma operação não cumpriram ordens do comando