G1 | 29 de abril de 2011 - 13:54

Número de moradores por domicílio cai 13,2% em 10 anos, diz IBGE

A densidade domiciliar no Brasil, relação entre as pessoas moradoras nos domicílios particulares ocupados e o número de domicílios particulares ocupados, apresentou queda de 13,2% entre os Censos 2000 e 2010, segundo a Sinopse do Censo Demográfico 2010, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (29).

O documento apresenta os primeiros resultados definitivos do último recenseamento. Alguns números divulgados preliminarmente em novembro de 2010 foram ajustados, a exemplo do total da população, com a inclusão de estimativas sobre a população dos domicílios considerados fechados durante a coleta de dados.

Segundo o IBGE, a queda na densidade domiciliar em dez anos foi mais acentuada do que os 9,6% observados entre os Censos de 1991 e 2000. Em 2000, a média de moradores em domicílios particulares ocupados era de 3,8. Em 2010, o índice passou para 3,3. A tendência persiste, segundo o Instituto, tanto na área urbana quanto na área rural.

A Região Norte, de acordo com o que aponta a Sinopse, tem a maior densidade domiciliar (4), enquanto a Sul apresenta a menor (3,1). A tendência de declínio é uma característica geral e está diretamente relacionada à redução da fecundidade.

Os censos demográficos são realizados no Brasil a cada dez anos. Participaram desta edição, segundo o IBGE, cerca de 230 mil recenseadores, supervisores, agentes censitários e analistas censitários. A coleta do Censo 2010 foi realizada entre 1º de agosto e 30 de outubro de 2010.

Tipos de casas
O Censo Demográfico 2010 registrou para o país, na data de referência (noite de 31 de julho para 1º de agosto de 2010), 67,5 milhões de domicílios particulares.

Além dos dados finais divulgados na Sinopse, o IBGE também divulgou, nesta sexta, resultados preliminares do Universo do Censo Demográfico 2010. Segundo esses relatórios, dos 57,3 milhões de domicílios particulares permanentes no Brasil, 49,8 milhões são casas. Ocas ou malocas somam apenas 14,6 mil pelo país.

Os números de ocas ou malocas são mais significativos no Norte e no Centro-Oeste onde, há, respectivamente, 7.972 e 5.289 unidades.

Segundo o IBGE, foram classificados como fechados 899 mil domicílios, nos quais não foi possível realizar as entrevistas, mas havia evidências de que existiam moradores. O Censo 2010 também encontrou 6,1 milhões de domicílios vagos, ou seja, domicílios que não tinham morador na data de referência.

Os domicílios de uso ocasional, que somaram 3,9 milhões, são aqueles que servem ocasionalmente de moradia, usados para descanso de fins de semana, férias ou outra finalidade. Já o número de domicílios coletivos (hotéis, pensões, presídios, quartéis, postos militares, asilos, orfanatos, conventos, alojamento de trabalhadores etc.) foi de 110 mil (0,1%).

Rendimento domiciliar
De acordo com os resultados preliminares do Censo 2010, a maior parte dos domicílios particulares permanentes no Brasil tem rendimento entre meio salário mínimo e um salário mínimo: 16.441.266 dos domicílios, do total de 57.324.185.

A classe de rendimento com a menor participação entre os domicílios brasileiros é, segundo o IBGE, a classe sem rendimentos (2.449.573), seguida pela classe com rendimentos de mais de cinco salários mínimos (2.939.438).