A destruição de produtos e equipamentos agrícolas em cinco cidades japonesas devastadas pelo terremoto de 11 de março soma pelo menos 850 bilhões de ienes (US$ 10,23 bilhões), segundo cálculos publicados na edição desta sexta, dia 15, do jornal Nikkei.

Os prejuízos causados à irrigação e outros sistemas totalizaram 810 bilhões ienes em Iwate, Miyagi, Fukushima, Ibaraki e Chiba.

Bombas e tubulações que levam água para os arrozais, bem como os sistemas de drenagem, foram destruídos pelo tsunami e a consequente liquefação do solo.

Os danos às safras e outros produtos alcançam 40 bilhões de ienes, o equivalente a 3% da produção anual das cinco cidades. O arroz responde por 83% dos prejuízos em produtos agrícolas.

Na cidade de Miyagi, a planície de Sendai foi abalada por enormes ondas, que alagaram 12% dos campos de arroz, ou cerca de 12.700 hectares.

Os equipamentos de drenagem foram destruídos e nós não podemos repor a água nem mesmo para extrair o sal. O plantio da safra neste ano será difícil – lamentou uma autoridade agrícola de Miyagi.

Em Fukushima, o cultivo de arroz provavelmente será proibido na zona em torno da usina nuclear danificada e nas áreas que terão de ser evacuadas.

Enquanto isso, o tsunami e as restrições de embarque tiveram um enorme impacto nas frutas e vegetais.

Em Iwate e Miyagi, a onda gigante varreu as lavouras de tomates, morangos e pepinos.

O embargo sobre os vegetais de Fukushima, Ibaraki e Chiba foi mantido, após terem sido detectados níveis de radiação que excedem os padrões japoneses.

Os cálculos dos danos se baseiam nas informações concedidas pelas prefeituras e cooperativas agrícolas locais, além de documentos do Ministério de Agricultura do país e pesquisas adicionais. As informações são da Dow Jones