Veja | 18 de abril de 2011 - 13:44

Escola de Realengo retoma atividades nesta segunda-feira

Depois de ficar 11 dias fechada para perícias, limpeza e reorganização, a Escola Municipal Tasso da Silveira, que foi palco do massacre provocado por Wellington Menezes de Oliveira no último dia 7, reabre suas portas a partir desta segunda-feira. No início da tarde, alunos do nono ano serão recebidos por psicólogos e professores para um dia dedicado a programações artísticas.

No final de semana, o muro da escola foi pintado de branco por moradores da região, alunos e pais e servirá de tela para que os alunos montem um mosaico. Internamente, o local também passou por mudanças: as cadeiras e mesas foram trocadas, as paredes foram pintadas e as duas salas de aula onde houve o ataque serão transformadas em salas de leitura.

A reabertura da Tasso da Silveira, às 13 horas, faz parte do processo de readaptação dos alunos. Entre as atividades programadas para os alunos do nono ano neste primeiro dia estão poesia e pintura, e eles poderão ter a companhia dos pais. Os outros estudantes serão reintegrados gradativamente e ainda não há previsão de reinício das aulas. “A intenção neste momento é dar apoio psicológico às crianças e, só depois de analisar a resposta dos professores e alunos, poderemos retomar as atividades curriculares”, explicou o diretor da escola, Luiz Marduk.

Caso - O ataque contra alunos da escola aconteceu na manhã do dia 7 de abril, quando Wellington, ex-aluno do colégio, disparou cerca de 60 tiros contra os estudantes, matando 12 e deixando outros 13 feridos - dos quais quatro ainda permanecem internados. Wellington planejou o ataque com antecedência, deixando vídeos e cartas falando de maneira confusa sobre o que o teria motivado.

O assassino, que se matou com um tiro na cabeça após ser atingido pelo disparo de um policial, se dizia vítima de bullying na infância e decidiu se vingar de seus agressores matando crianças inocentes. A prefeitura do Rio de Janeiro já anunciou que irá indenizar as famílias das vítimas.