R7 | 16 de abril de 2011 - 09:26

Economia brasileira cresceu cerca de 4% no 1º trimestre

O PIB (Produto Interno Bruto, que é a soma das riquezas do país) brasileiro cresceu "quatro, quatro e pouco por cento" no primeiro trimestre de 2011 em relação ao mesmo período do ano passado, afirmou nesta sexta-feira (15) o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

- A economia já está desacelerando. No primeiro trimestre, eu acredito que será algo como quatro, quatro e pouco por cento anualizado. Significa que [a economia] já se ajustou a um ritmo de crescimento adequado, que é aquele que nós pretendemos alcançar ao longo do ano.

A declaração vem dias antes da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que decide na próxima quarta-feira (20) o rumo da taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 11,75%. A expectativa de analistas é de uma nova alta para 12% ou 12,25%.

Segundo o ministro, o preço da gasolina não vai subir no Brasil este mês, mas o assunto pode ser revisto, caso persistam os aumentos do petróleo no mercado internacional.

As declarações de Mantega foram feitas após uma reunião com representantes de membros do G20 (grupo dos 20 países mais ricos do mundo), na qual foram discutidos mecanismos para corrigir desequilíbrios globais.

O G20 entrou em acordo nesta sexta-feira sobre uma maneira de mensurar riscos potenciais à economia global provocados por políticas econômicas nacionais, como parte de um plano para evitar nova crise econômica global como a observada em 2007-2009.

 

Mantega disse ter proposto no encontro a homogeneização do sistema cambial, de modo que todos passassem a adotar o câmbio flutuante.

- É claro que não precisa ser puro. Você pode estabelecer limites de flutuação diária. Provavelmente, teria que tomar menos medidas de controle de capitais.

A proposta implicaria que a China também teria que adotar o câmbio flutuante. De acordo com Mantega, os representantes chineses não esboçaram uma reação negativa à proposta, o que ele considerou positivo.

Outra proposta brasileira ao G20 foi a adoção de mais medidas macroprudenciais para combater o excesso de dinheiro no mercado.