Terra | 11 de abril de 2011 - 06:34

Muricy vê aspectos positivos no Santos, mas lamenta empate

O empate com o Americana por 0 a 0, na noite deste domingo, no Décio Vitta, não era o resultado que o técnico Muricy Ramalho desejava para a estreia no Santos. Mas, apesar de não ter aprovado o resultado, o santista enxergou aspectos positivos no duelo válido pela penúltima rodada da primeira fase do Campeonato Paulista.

"Quando você joga assim, quarta-feira (diante do Colo Colo, do Chile) e domingo seguido, é difícil. Não era o resultado que nós pretendíamos, porém, fizemos o melhor. Já vimos uma evolução em alguns pontos", disse Muricy, antes de citar os aspectos positivos da atuação da equipe.

Para o novo comandante alvinegro, o time se posicionou melhor contra o Americana. "É preciso saber que todo o adversário joga contra o Santos esperando para sair no contra-ataque. Conversamos com os jogadores e melhoramos nesse sentido. Sofremos poucos contra-ataques. A equipe que corre para trás, em direção ao seu gol, não está jogando certo. Isso é coisa de quem não está bem posicionado e melhoramos um pouco nesse aspecto", comentou.

Muricy Ramalho teve pouco tempo para treinar o Santos para o duelo com o Americana em função de ter se apresentado ao clube e iniciado os trabalhos na última quinta. Segundo o técnico, que escalou um time misto hoje, ainda não foi possível implementar o estilo de jogo, algo que é feito somente com o decorrer do trabalho.

"Nessas horas o trabalho é mais de recuperação, não dá para forçar muito. Por isso, conversei muito com o pessoal da comissão técnica que já estava aqui para montar o time. Estou chegando agora e não dá para treinar como eu gostaria, em função do pouco tempo. Seria uma bobagem eu tentar impor os meus métodos tão rápido. Vamos com calma", encerrou.

O treinador afirmou que a parte disciplinar foi uma das maiores preocupações. "Tentei melhorar a parte disciplinar", afirmou Muricy, antes de completar. "O Santos não pode entrar na catimba porque nosso time não sabe brigar, sabe jogar. Hoje, já foi melhor porque eles não se preocuparam em discutir com a arbitragem".

Mesmo assim, o time levou seis cartões amarelos na partida, exatamente o dobro do número de cartões tomados pelo Americana. Muricy escalou Durval, Léo, Adriano e Paulo Henrique Ganso no banco de reservas e não relacionou Rafael e Edu Dracena para o jogo deste domingo. O técnico disse que o plano inicial não era de poupar os jogadores.

"A gente não iria poupar ninguém, até porque o jogo da Libertadores será só na quinta (contra o Cerro Porteño, no Paraguai). Mas, como já havíamos perdido três jogadores, achei melhor não correr riscos".

Sobre a substituição precoce de Maikon Leite, ainda no intervalo, Muricy também recorreu à "precaução" para sacar o atacante do jogo. "Ele tinha que jogar um pouco, mas não poderia perder mais um atacante que não tenho".