R7 | 8 de abril de 2011 - 07:12

Chega a 12 o número de mortos no massacre a escola em Realengo

A Secretaria Estadual de Saúde confirmou às 21h10 a morte de mais um estudante, o menino Igor Moraes, no ataque à escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio, na manhã desta quinta-feira. Com isso, chega a 12 o número de vítimas de Wellington de Oliveira, de 24 anos, que também morreu no local.

 

 

Wellington é ex-aluno da escola e invadiu pelo menos duas salas de aula atirando. A ação do criminoso só foi interrompida com a chegada de policiais. Um agente atirou na perna do assassino, que se matou em seguida.

Na carta deixada o atirador faz referência a questões de natureza religiosa, pede para ser colocado em um lençol branco na hora do sepultamento e também para ser enterrado ao lado da sepultura da mãe. Ele também pede perdão a Deus.

Os feridos foram levados para os hospitais Albert Schweitzer, Adão Pereira Nunes, Universitário Pedro Ernesto, Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia e hospital da Polícia Militar.

Ao todo, o atirador matou dez meninas e dois meninos, dos quais 11 já foram identificados. Veja abaixo a lista com os nomes.

1- Karine Lorraine Chagas de Oliveira, 14 anos
2- Rafael Pereira da Silva, 14 anos
3- Milena dos Santos Nascimento, 14 anos
4- Mariana Rocha de Souza, 12 anos
5- Larissa dos Santos Atanázio, 13 anos
6- Bianca Rocha Tavares, 13 anos
7- Luiza Paula da Silveira Machado, 14 anos
8- Laryssa Silva Martins, 13 anos
9- Géssica Guedes Pereira (aguardando documento)
10- Samira Pires Ribeiro, 13 anos
11 - Ana Carolina Pacheco da Silva, 13 anos
12 - Igor Moraes, 13 anos 

 Entenda o caso

Por volta das 8h de quinta-feira (7), Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, entrou no colégio após ser reconhecido por uma professora e dizer que faria uma palestra.

Armado com dois revólveres calibre 38, ele invadiu uma sala de aula no primeiro andar e outra no segundo, e fez vários disparos contra estudantes que assistiam às aulas. Ao menos 11 morreram e 13 ficaram feridos, de acordo com levantamento da Secretaria Estadual de Saúde.

Duas adolescentes baleadas, uma delas na cabeça, conseguiram fugir e correram em busca de socorro. Na rua Piraquara, a 160 m da escola, elas foram amparadas por um bombeiro. O sargento Márcio Alexandre Alves, de 38 anos, lotado no BPRv (Batalhão de Polícia de Trânsito Rodoviário), seguiu rapidamente para a escola e atirou contra o abdome do criminoso, após ter a arma apontada para si. Ao cair na escada entre o segundo e o primeiro andar, o jovem se matou atirando contra a própria cabeça.

Com ele, havia uma carta em que anunciava que cometeria o suicídio. O ex-aluno fazia referência a questões de natureza religiosa, pedia para ser colocado em um lençol branco na hora do sepultamento, queria ser enterrado ao lado da sepultura da mãe e ainda pedia perdão a Deus.

Os corpos dos estudantes e do atirador foram levados para o IML (Instituto Médico Legal), no centro do Rio de Janeiro, para serem reconhecidos pelas famílias. Os velórios e os enterros serão realizados a partir desta sexta-feira (8).

A Divisão de Homicídios da Polícia Civil concluiu a perícia na escola no início da noite de quinta-feira. O inspetor Guimarães, responsável pela análise, disse que o assassino deve ter atirado de maneira aleatória contra os alunos. A polícia está investigando se os estudantes que morreram eram do 8º ano de escolaridade (antiga 7ª série). A perícia deve confirmar que as vítimas atingidas estavam sentadas na primeira fileira da sala de aula.