Folha Online | 7 de abril de 2011 - 15:36 RIO DE JANEIRO

Em carta, atirador que matou 11 alunos em escola no Rio fala em perdão de Deus

Um rapaz de 24 anos entrou Na escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo (zona oeste do Rio)

Folha Online

Um rapaz de 24 anos entrou na manhã desta quinta-feira na escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo (zona oeste do Rio), e disparou diversos tiros contra os alunos. Dez meninas e um menino morreram. O atirador, baleado pela polícia, cometeu suicídio em seguida. Em carta, o criminoso fala em "perdão de Deus" (leia íntegra abaixo).

Wellington Menezes de Oliveira é ex-aluno da escola, mas a motivação do crime ainda é investigada. Na carta, ele diz que quer ser enterrado ao lado de sua mãe. O rapaz também pede que a casa onde morava --em Sepetiba, na zona oeste da cidade-- seja doada a instituições que cuidam de animais. A carta foi encaminhada à Polícia Civil para análise.

O crime ocorreu por volta das 8h30, e a ação foi rápida. Segundo a polícia, durou cerca de cinco minutos.

A polícia informou que Oliveira entrou na escola dizendo que daria uma palestra. O rapaz conversou com algumas pessoas, mas, depois, seguiu em direção às salas de aulas e atirou contra os estudantes.

Ferido, um garoto conseguiu fugir e chamou um policial militar que estava na região. O PM trocou tiros com o criminoso, que foi atingido. Em seguida, segundo a polícia, ele atirou contra a própria cabeça.

De acordo com a polícia, o atirador usou dois revólveres e tinha muita munição.

Várias das crianças foram levadas de helicópteros do Corpo de Bombeiros para o hospital Albert Schweitzer e demais unidades de emergência do Rio, como o hospital Souza Aguiar, no centro.

A escola atende estudantes com idades entre 9 a 14 anos --da 4ª a 9ª série, segundo a Secretaria Municipal da Educação. São 999 alunos, sendo 400 no período da manhã.

Após o crime, foi grande a movimentação de pessoas ao redor da escola. Muitos pais buscavam informações sobre os filhos.

O crime teve repercussão internacional. A presidente Dilma Rousseff chorou e pediu um minuto de silêncio por alunos mortos.

 

  Reprodução/Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro