Terra | 1 de abril de 2011 - 15:37

Aumento do horário de trabalho revolta servidores do Judiciário

A decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de aprovar, na quinta-feira, o novo horário de atendimento ao público dos tribunais e varas - das 9h às 18h, no mínimo - causou revolta entre os servidores do Judiciário, que terão de trabalhar por mais tempo. O CNJ divulgou levantamento mostrando que o Judiciário não cumpriu metas como a de julgar, em 2010, todos os processos que chegassem aos tribunais no mesmo ano. Foram ajuizados, no período, 17,1 milhões de processos, dos quais 16,1 milhões foram julgados. As informações são do jornal O Globo.

"Devemos lembrar a estes conselheiros que as pessoas não são marionetes", escreveu Manoel Filho na página da Federação Nacional dos Servidores do Judiciário nos Estados (Fenajud). "A Lei Áurea há tempos foi revogada, vamos nos organizar e parar o Judiciário do país, não aguentamos mais essa intromissão em desfavor dos servidores", afirmou o servidor. Em nota, a Fenajud alega que a decisão do CNJ pode afetar os direitos de servidores que trabalham sete ou seis horas corridas. Segundo a entidade, 11 estados adotam jornada de seis horas, e 12, de sete horas corridas. Os presidentes dos tribunais alegaram que a meta não foi cumprida por falta de estrutura. O pior desempenho foi do Tribunal de Justiça da Bahia, onde foram julgados menos de 60% do número de ações novas. A meta foi cumprida pelos tribunais superiores, pela Justiça do Trabalho e pela Justiça Eleitoral.