Dois presos foram mortos e tiveram os corpos carbonizados durante uma briga em duas alas do Presídio Anibal Bruno, no Recife, na madrugada desta terça-feira (29). Segundo a Secretaria de Ressocialização (Seres), as duas vítimas tinham 25 anos e estavam presos pelo crime de homicídio.

Ainda de acordo com a Seres, Valdir José da Silva e Igor Percival Fernandes da Silva estavam internados no Pavilhão F, mas foram descobertos quando tentavam furtar objetos de presos no Pavilhão R. Eles foram perseguidos e mortos com golpes de faca artesanal. Em seguida, os corpos foram colocados em um compartimento usado para colocar água para as celas e queimados em seguida.

Policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), equipes do Instituto de Criminalística (IC) e do Instituto de Medicina Legal (IML) estiveram no local durante a amanhã.

O superintendente de Segurança Penitenciária, coronel Francisco Duarte, disse que uma sindicância foi instaurada para apurar o ocorrido. "Um procedimento administrativo disciplinar foi instaurado na tentativa de identificarmos os responsáveis pelas mortes. Temos 240 suspeitos, que são os presos que ocupavam o pavilhão onde ocorreu as mortes."

Além da autoria dos crimes, Duarte espera que a sindicância identifique se houve falha na segurança. "Todos os pavilhões são trancados às 17h, diariamente. Precisamos saber como os dois presos mortos conseguiram ficar fora da área trancada e a segurança da não ter percebido isso."

Segundo a Seres, o Presídio Aníbal Bruno tem 1.477 vagas, mas abriga 4.401 presos.