Diário MS | 23 de mar�o de 2011 - 07:59

MS precisa investir R$ 48 mi para garantir abastecimento de água até 2015

Mato Grosso do Sul precisa de um investimento de R$ 48,46 milhões até 2015 para que não tenha um déficit no abastecimento de água tratada até 2025. Os números constam no levantamento feito pela ANA (Agência Nacional das Águas). O atlas “Brasil – Abastecimento Urbano de Água”, foi divulgado pelo órgão ontem, dia 22 março, data em que é comemorado o Dia Internacional da Água.


Deste montante, ANA estima que R$ 36 milhões se referem à ampliação de sistemas existentes, sendo que a maioria será destinada para a perfuração de novos poços e ampliação e implantação de estações de tratamento de água em 32 municípios, entre eles, Dourados, Corumbá e Paranaíba.


Já os demais R$ 12 milhões, que correspondem a 25% do total, seriam investidos no aproveitamento de novos mananciais, superficiais e subterrâneos, abrangendo os municípios de Aparecida do Taboado, Coronel Sapucaia, Mundo Novo e Sete Quedas. Ao todo, serão beneficiados mais de 900 mil habitantes nos 36 municípios até 2025.


Segundo a agência, as 42 cidades restantes têm seu sistema de abastecimento considerado satisfatório, dentro do período estabelecido pelo planejamento da Agência. Entre os quais está Campo Grande, onde se concentra 37% da população sul-mato-grossense. O relatório aponta como solução, o fato da capital não precisar de investimentos até 2015, mas que no futuro “a tendência é a ampliação do abastecimento por poços, com exploração do aquífero Guarani”.

O atlas ainda atribui MS como “uma boa potencialidade hídrica” porque possui em mananciais subterrâneos, três grandes sistemas aqüíferos: Guarani, Serra Geral e Bauru-Caiuá. O estado tem um divisor de águas de nordeste a sudoeste. “A porção oriental do Estado está inserida na Região Hidrográfica do Paraná (47,5% do território estadual), enquanto a porção ocidental fica localizada na Região Hidrográfica do Paraguai (52,5% da área total), que compreende o Pantanal Mato-grossense”, lembra o relatório.


Com relação à utilização destes recursos hídricos, foi apontado que a maior parte das cidades é abastecida por poços, pelo menos 79% delas. Os outros 21% usam sistemas isolados de captação nos mananciais superficiais, subterrâneos ou a mistura dos dois.

BRASIL
A preocupação maior é com relação ao déficit previsto no abastecimento de água em 55% dos 5.565 municípios brasileiros. “Desses, 84% necessitam de investimentos para adequação de seus sistemas produtores e 16% precisam de novos mananciais”. Caso não sejam feitas as adaptações, 72% da população brasileira serão prejudicadas até 2025.


As maiores necessidades estão nas regiões norte e no nordeste, devido à “precariedade dos pequenos sistemas de abastecimento de água do Norte, a escassez hídrica no Semiárido e a baixa disponibilidade de água das bacias hidrográficas litorâneas do Nordeste”, como aponta a agência. Em todo o Brasil são necessários, pelo menos R$ 22,2 bilhões, para investimentos prioritários.