18 de mar�o de 2011 - 14:40

Acessibilidade: Grazielle Machado defende ações de conscientização

Na semana que retorna de sua licença médica, vítima de fratura no calcanhar ao cair em uma calçada irregular na região central de Campo Grande, a líder do Partido da República na Câmara Municipal, vereadora Grazielle Machado aproveitou a visita da Profª Rosana Puga Moraes Martinez, presidente da Associação de Doenças Neuromusculares de Mato Grosso do Sul para levantar a discussão sobre acessibilidade nas ruas, calçadas e prédios de Campo Grande.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) existem cerca de 600 milhões de pessoas que apresentam algum tipo de deficiência em todo o mundo, ou seja, 10% de toda a população mundial. No Brasil, essa porcentagem é ainda maior. O último censo realizado pelo IBGE, no ano de 2000, apurou que há no país cerca de 25 milhões de brasileiros apresentam algum tipo de deficiência. Em Campo Grande não é diferente.

O blog acessibilidade na prática, coordenado por profissionais das areas de arquitetura, engenharia e portadores de necessidades especiais divulga opiniões e experiências em Campo Grande. Em recente pesquisa sobre a situação das calçadas em Campo Grande, o grupo relatou que atualmente as regras de rebaixamento de calçadas, largura mínima de passeios públicos sem interferência de obstáculos, lixo e entulho que prejudicam a travessia e a interferência de vegetação e placas são algumas das falhas encontradas nas ruas 13 de maio, Eduardo Santos Pereira, Antonio Maria Coelho, Maracaju, Barão do Rio Branco, Candido Mariano e Avenidas Mato Grosso, Afonso Pena e Ernesto Geisel. “Não desejamos, como algumas pessoas nos dizem, desmanchar nossa cidade e construir uma nova no lugar, mas despertar nas pessoas o interesse pelo assunto, para que busquem informações antes de realizarem qualquer reforma ou construção”, lamentou Frederico Rios, um dos idealizadores do blog.

Para Grazielle, o Poder Público deveria promover ações de conscientização, mas acima de tudo, priorizar a execução de projetos e propostas que já foram desenvolvidas pela Câmara Municipal e por entidades representativas que há anos batalham para diminuir esses números. Para exemplificar sua ideia, Graziellle lembrou que o atual prédio da Prefeitura Municipal de Campo Grande não atende a nenhuma regra de acessibilidade. “Se um cadeirante solicitar uma audiência com o Prefeito Municipal será impossível que ele vá até o gabinete que fica no segundo andar. Se o Poder Executivo não obedece as regras como poderá cobrar do cidadão?”, lamenta.