Independente da idade, do sexo ou da época do ano, os óculos de sol já se tornaram parte do vestuário das pessoas, representam modernidade e beleza.

Mas, além de ser um ícone de moda, o acessório também é importante como instrumento de proteção contra os efeitos nocivos do sol - sobretudo num país como o Brasil, em que os índices de radiação atingem altos níveis.

Segundo especialistas do Instituto Nacional de Metrologia e Normalização Industrial (Inmetro), é exatamente por esta última função que eles devem ser usados com muito critério.

No artigo, "Óculos escuros - acessórios essenciais e ícones da moda", publicado ano passado no site da instituição, os especialistas explicam que as lentes funcionam como uma blindagem evitando que raios luminosos nocivos incidam na retina. Esses raios, segundo eles, da mesma forma que podem aumentar o índice de doenças de pele, podem elevar a incidência de doenças oculares como a catarata e doenças degenerativas de retina.

Eles explicam também que a escuridão proporcionada pelas lentes inibe alguns mecanismos de defesa naturais que o olho humano possui contra a luminosidade. A pupila, por exemplo, que automaticamente se fecharia diante da luminosidade, mantém-se dilatada quando se utiliza lentes escuras. Ou seja, a reação natural do ser humano de fechar os olhos é comprometida pela utilização dos óculos de sol.

Portanto, se as lentes não protegem, os raios ultravioletas passam e afetam a retina de forma mais severa do que se não fosse usado nenhum tipo de proteção.

Além disso, eles alertam que a utilização dos óculos de sol não deve escurecer de tal forma a visão, a ponto de prejudicar a capacidade do usuário de distinguir as cores - sobretudo as cores dos sinais de trânsito.