O relatório “Avadan - Avaliação de Danos”, elaborado pela prefeitura de Aquidauana com orientação da Defesa Civil estima prejuízos de R$ 24.302.348,00 (Vinte e quatro milhões, trezentos e dois mil e trezentos e quarenta e oito reais) no Município em virtude da enchente do rio Aquidauana que isolou a cidade por alguns dias.

Segundo informações atualizadas da Defesa Civil do Município de Aquidauana 9.969 pessoas foram afetadas pela enchente e 675 ficaram desabrigadas.

No total 10.560 pessoas foram prejudicas pela enchente do rio Aquidauana decorrentes das fortes chuvas que assolaram a região. Em alguns casos famílias perderam mobília, móveis, utensílios de cozinha e até gêneros alimentícios, tudo foi levado pela enxurrada.

Somente no bairro Guanandi, o mais afetado pela enchente se faz necessários investimentos de quase 2 milhões em recapeamento da malha viária. Operação ‘tapa buraco’ não resolve a destruição provocada pela enchente. Ao todo seria necessário para recuperar a pavimentação das vias urbanas cerca de 17 milhões.

Afetado pela enchente, a sede da Policia Militar Ambiental precisará de investimentos da ordem de R$ 250 mil reais. Abastecimento de água, pavimentação, esgoto e drenagem têm necessidade de investimentos de mais de 1.500.000,00 (Um milhão e quinhentos mil reais). No Distrito de Camisão o prejuízo está calculado em mais de R$ 130 mil reais.

Em toda zona rural do Município de Aquidauana se faz necessário investimento de algo em torno de 5 milhões, incluindo a construção de uma ponte sobre o rio Aquidauana no distrito de Piraputanga, desta vez de concreto orçada em quase 2 milhões de reais. A ponte de madeira que existia no local ‘rodou’ com a força da correnteza do Rio Aquidauana.

Alem do estrago das vias urbanas que apresentam buracos e crateras, houve danos nas estradas vicinais de acesso a Colônia Buriti, na MS 170 e na BR 419 – Estrada do Taboco. Pelos menos 10 pontes necessitam de manutenção na região de Piraputanga, Cipolândia e em algumas aldeias da nação Terena. “Reconstruir Aquidauana e estabelecer projetos que possam evitar novos transtornos no futuro são as nossas prioridades”, disse o prefeito Fauzi Suleiman ao Aquidauana News na manhã desta quinta feira.

Entre os projetos está inserido a necessidade de se construir em torno de 150 casas populares para a efetiva remoção das famílias ribeirinhas que habitam em área de risco. “Já temos um contrato assinado para construir 50 casas, mas precisamos de novas unidades, pois precisamos vencer este problema que assola Aquidauana anualmente desde 1990 quando houve a maior enchente já registrada na história de Aquidauana”, confirmou o prefeito Fauzi Suleiman.

A prioridade do Poder Executivo Municipal é: a remoção das famílias, a destruição dos imóveis, a urbanização das margens do rio e a construção de um novo acesso à cidade para que no futuro se possa evitar o isolamento como ocorreu desta vez. “Também não está descartada o lançamento de uma campanha por ações de desassoreamento do rio Aquidauana”, frisou o prefeito.