Unidos da Tijuca, Vila Isabel e Mangueira são as aclamadas da 1ª noite na Sapucaí
Alegoria da Mangueira, que homenageou Nelson Cavaquinho
Prometendo levar a alma dos foliões, a Unidos da Tijuca não precisou fazer muito esforço para que a Marquês de Sapucaí em peso se entregasse aos gritos de “bicampeão”. Com um desfile arrasador, a escola conseguiu, assim como em 2010, surpreender e encantar o público e mostrou que vem como forte candidata ao título deste ano.
Responsável pelo sucesso da escola, mais uma vez o carnavalesco Paulo Barros mostrou que ousadia e criatividade não são problemas para ele. Com o enredo Essa noite levarei sua alma, a Tijuca brincou com o medo e apresentou na avenida os clássicos dos filmes de terror.
Indiana Jones, A múmia, Tubarão e sucessos de bilheteria como Avatar e Transformers foram muito bem representados ao longo do desfile.
Mas quem arrancou aplausos calorosos e foi ovacionada pelo público foi a comissão de frente, que trouxe bailarinos como zumbis, que “perdiam a cabeça” na coreografia.
Coreografia, aliás, foi o que não faltou nas alas. Das arquibancadas, camarotes e frisas, a torcida respondia à passagem da escola cantando o bela samba-enredo da Unidos da Tijuca.
Vila Isabel e Mangueira entram na briga
Duas últimas escolas a pisar na avenida, Vila Isabel e Mangueira se juntaram à Unidos da Tijuca como favoritas ao título.
Com um desfile tecnicamente perfeito, a Unidos de Vila Isabel apresentou ótimas alegorias e fantasias. Repleta de musas para ajudar a contar o enredo Mitos e história entrelaçadas pelos fios de cabelo, a azul e branco abriu o desfile com a Medusa na comissão de frente e fechou com a modelo Gisele Bündchen, no último carro, representando Vênus, a Deusa da beleza.
Já a Mangueira, que pisou na Sapucaí com quase uma hora de atraso, por conta de problemas com o som, emocionou ao contar e cantar a vida de Nelson Cavaquinho, que completaria 100 anos em 2011. Com muita ousadia, a bateria do mestre Aílton fez longas paradinhas, as maiores da noite, e deixou torcida e integrantes da escola levando o samba no gogó.
O que pode pesar contra a escola foi a "corridinha" no fim, para não estourar o tempo de desfile.
Verde e Rosa emocionou a avenida com o enredo sobre a vida de Nelson Cavaquinho
Bateria da Imperatriz dá show e Portela desfila com garra
Quem também deu um verdadeiro show, de sonoridade foi a Imperatriz Leopoldinense. Sob o comando do mestre Marcone, a bateria da verde e branco usou e abusou das paradinhas.
Além disso, os ritmistas inovaram e, além dos tradicionais instrumentos, como Surdo, repique e tamborim, usaram berimbaus. Com belas alegorias e adereços, a Imperatriz não vai brigar pelo título, mas pode lutar para voltar no desfile das campeãs.
Uma das escolas prejudicadas pelo incêndio na Cidade do Samba no dia 7 de fevereiro, a Portela entrou na avenida apenas para “cumprir tabela”, uma vez que este ano não haverá rebaixamento e a escola sequer será julgada.
Com algumas alegorias e fantasias mal acabadas ou incompletas, os componentes compensaram os problemas com muita garra e samba no pé.
São Clemente conta e canta o Rio
Com alegorias e fantasias muito colorias e de bom gosto, o carnavalesco Fábio Ricardo estreou no grupo especial com um belo trabalho. Apesar de alguns erros na evolução e na harmonia, a São Clemente fez um bom desfile, onde homenageou o Rio de Janeiro e mostrou que pode brigar pela permanência na elite para 2013 no Carnaval do próximo ano.