Veja | 4 de mar�o de 2011 - 14:28

Dilma ganha do antecessor uma dívida de US$ 128,7 bi, diz ONG

Se não conhecem, vão correndo para lá. É coisa altamente civilizada, de Primeiro Mundo. Como eles próprios se definem, a Contas Abertas é “uma entidade da sociedade civil, sem fins lucrativos, que reúne pessoas físicas e jurídicas, lideranças sociais, empresários, estudantes, jornalistas, bem como quaisquer interessados em conhecer e contribuir para o aprimoramento do dispêndio público, notadamente quanto à qualidade, à prioridade e à legalidade”.

 

Parece coisa da Suíça, não? Ainda bem que existe em nosso país, é séria e cada vez mais respeitada.

 

Pois bem, vocês poderão ler lá que a presidente Dilma herdou do lulalato uma dívida de nada menos que 128,7 bilhões de reais, “referentes a projetos, como obras em estradas, portos e aeroportos, iniciados ainda na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.”

 

Suando sangue e bufando os ministros estão proibidos de reclamar em público, os ministérios quitaram até o dia 28 passado, segunda-feira, 28 bilhões de reais. Mas, relata a Contas Abertas, ainda estão pendurados 98,3 bilhões de reais. “Então, em clima de contenção de gastos, o Ministério do Planejamento admitiu ter enviado ordem aos ministros para que selecionem as contas pendentes passíveis de cancelamento, os chamados restos a pagar – despesas programadas para um ano que, por não serem pagas no mesmo exercício, são remanejadas para o ano seguinte.”

 

Para isso, a presidente baixou ontem decreto que limita os pagamentos de restos a pagar em um volume inferior às dívidas, ou seja, não haverá recursos suficientes para quitar os débitos da gestão passada. “A suspensão de restos a pagar pode ultrapassar a cifra de 33,5 bilhões”, diz o site. “Para se ter idéia do que este valor significa, basta considerar que durante todo o ano passado, os ministérios do Transporte e Integração Nacional desembolsaram juntos, a cifra total de 34 bilhões de reais com o desenvolvimento de todos os projetos das pastas pelo país e, também, com o pagamento de pessoal e despesas correntes, como luz, vigilância e material de consumo.”