Folha Online | 26 de fevereiro de 2011 - 09:46

Zé Love e Maikon Leite, pedidos por torcedores, reaparecem

O técnico santista Adilson Batista parece ter sentido o peso das críticas de que foi alvo durante esta semana.

Depois da derrota por 3 a 1 no clássico com o Corinthians, o treinador foi bastante questionado pelos torcedores, que reclamaram da forma como o time foi armado e pela insistência em iniciar a partida com Diogo, outro na mira da torcida, em vez de Maikon Leite ou Zé Love.

Hoje, ambos devem ter espaço contra o São Bernardo, às 18h30, na Vila Belmiro.

Na segunda-feira, faixa pedindo a saída do técnico foi afixada em uma padaria da cidade, tradicional ponto de encontro de santistas.

Ao final do clássico de domingo, Adilson indicou que usaria um time misto hoje, para poupar os atletas para o duelo de quarta-feira, com o paraguaio Cerro Porteño, em casa, pela Libertadores.

"Cheguei a falar em mesclar. Mas conversei com atletas, fisiologista, preparador físico e ainda teremos um dia a mais para o jogo da quarta", disse ele, dando a entender que colocará seus melhores atletas em campo hoje.

O mais provável é que o Santos inicie a partida com Zé Love ou Maikon Leite, preteridos nas últimas partidas, como companheiro de Neymar no ataque. Diogo pode ser recuado para a meia.

"Respeito a opinião do torcedor, com a crítica construtiva a gente cresce", declarou o treinador, que foi defendido por seus jogadores.

"Quando ganhamos do São Paulo ninguém meteu o pau. Não é um jogo que vai definir o trabalho do Adilson", declarou o lateral Jonathan, que retorna após se recuperar de lesão na coxa.

"Estamos em início de trabalho e se ele não fosse competente não teria passado por Cruzeiro e Corinthians. Mas nada melhor que uma vitória no sábado [hoje] para a torcida abraçar o time", completou o jogador.

"O Adilson tem total confiança da diretoria, dos jogadores. Foi uma derrota em clássico que causou tudo isso. Aos poucos os torcedores vão perceber que o trabalho dele é fundamental", defendeu o volante Arouca.

"No futebol, às vezes, a gente acha que isso é coisa de torcedor, mas não é", especulou o meia Elano. Questionado se insinuava conotação política nos protestos, o artilheiro do Paulista, com sete gols, recuou. "Não sei de onde vem. Mas é melhor esperar pra ver lá na frente."

Adilson prefere tratar do assunto com uma dose de bom humor. "Vamos ganhar do São Bernardo e depois vou lá na padaria tomar um café", brincou o treinador.

NA TV
18h30 Santos x São Bernardo
Sportv