Fátima News com assessoria | 21 de fevereiro de 2011 - 11:22

Vander questiona poder da UFMS na definição da tarifa de ônibus da Capital

Quarta-feira, 16, pouco antes do início da Sessão Extraordinária da Câmara dos Deputados destinada a votar o reajuste do SM, o deputado federal VanderLoubet (PT-MS),voltou a falar sobre a intenção da Prefeitura de Campo Grande de aumentar o valor da tarifa do transporte coletivo para R$ 2,70 ou até mesmo para R$ 2,80. Para o parlamentar, mais uma vez se repete uma prática que tem sido constante na administração atual: a ausência de gestão democrática.

 

“O reajuste dos preços dos serviços públicos deve existir quando necessário, mas deve ser compatível com o nível de renda da população com a qualidade dos serviços.  Mas, o que me causa mais espanto é a Prefeitura praticamente delegar à Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) a decisão de definir qual deve ser o novo valor da tarifa de ônibus. 

Nada contra a competência da Universidade e de seus profissionais, que é indiscutível mas uma decisão dessa relevância deveria ser debatida e esclarecida por todos os atores envolvidos e diretamente atingidos”, declarou Vander.

 

Segundo o parlamentar, os técnicos da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), juntamente com a Câmara de Vereadores e representantes da sociedade (empresários do transporte, estudantes, associação de moradores, etc.) é que deveriam estar inteirados dos fatores que são levados em conta na definição das tarifas de ônibus da Capital e não os profissionais da UFMS.   “Em nossa cidade está sobrando impostos e tarifas e faltando democracia e transparência”, destaca o deputado.

 

Vander ainda frisou que Campo Grande não pode continuar a figurar na lista das tarifas mais caras do Brasil (está entre as três mais onerosas) em função da gratuidade destinada aos estudantes e a outros setores da sociedade, pois em outros municípios a extensão da gratuidade é mais ampla e menos restritiva e as tarifas não são tão caras. O deputado voltou a citar o exemplo de Fortaleza (CE) – a tarifa mais barata do Brasil (R$ 1,80) -, onde a gratuidade dos estudantes é restrita a 50% do valor da tarifa, mas o uso do benefício é ilimitado em termos de horários e dias de utilização, independente de haver aula ou não. “O transporte coletivo é um serviço essencial à população e deve ser tratado como tal pelo poder público municipal”, concluiu Vander.