9 de dezembro de 2004 - 14:00

II Encontro do PMDB Mulher será realizado na Assembléia

Avaliar o desempenho das mulheres que foram candidatas na última eleição e fazer uma avaliação das atividades desenvolvidas em 2004. Estes são os objetivos do II Encontro Estadual do PMDB Mulher, que acontece no dia 11 de dezembro, a partir das 8h, no plenário Júlio Maia, na Assembléia Legislativa. Em 2003, prestigiaram o evento 520 mulheres, seis prefeitos, o senador Ramez Tebet, deputados federais e estaduais, vereadores de Campo Grande e do interior. A expectativa esse ano é superar os números do primeiro encontro.

 

A deputada estadual Celina Jallad, presidente do PMDB Mulher estadual e secretária do PMDB Mulher nacional, é responsável pela realização do evento, e acredita que as mulheres estão preparadas para fazer parte das mudanças sociais do país. “As mulheres ganham menos que os homens, mas são as que assumem as maiores responsabilidades familiares e domésticas. Prova de sua capacidade é que hoje elas são provedoras de mais de 75% dos domicílios brasileiros, e principais provedoras de uma entre cada três famílias. Diante desse quadro, não podemos deixar de ressaltar que é essencial a participação da mulher na política”, disse a parlamentar.

 

Já confirmaram presença, entre outras autoridades, Elcione Barbalho, presidente nacional do PMDB Mulher; Simone Tebet, prefeita eleita de Três Lagoas e deputada estadual, Marisa Serrano, vice-prefeita da Capital, além de lideranças do partido de Campo Grande e do interior.  Para Celina Jallad, atualmente, a mulher conhece seu papel na sociedade e está consciente dos direitos conquistados, o que resulta numa participação mais efetiva e dinâmica na vida política do país. “Nas eleições deste ano, o PMDB foi o partido que mais elegeu mulheres: 79 prefeitas e 1.093 vereadoras em todo o país”, lembra ela.

 

Em Mato Grosso do Sul, oito donas de casas exercerão mandato de vereadoras nos municípios de Antônio João, Brasilândia, Corguinho, Fátima do Sul, Itaporã, Ribas do Rio Pardo, Rio Negro e Sonora, o que exemplifica o crescimento do setor feminino na vida política. “O ingresso da mulher na vida pública é um exemplo claro de fortalecimento da democracia. A mulher agora define seu papel na política e no poder, num claro sinal de que não se contenta mais com o segundo plano. As mulheres estão aptas a tomarem decisões cruciais para a sociedade e começam a compreender isso”, conclui Celina Jallad.

 

Histórico - Um dos direitos fundamentais do ser humano, o do acesso à educação formal, só pôde ser exercido pelas mulheres brasileiras a partir de 1827. O acesso à universidade só foi admitido em 1879. A mulher adquiriu o direito de votar em 1932, depois de muita luta.

 

Do voto feminino à presença de mulheres na gestão direta dos negócios de Estado, foi uma longa e sofrida caminhada. A consciência feminista ficou acentuada, especialmente a partir da fixação pela ONU em 1975, quando se declarou o Ano Internacional da Mulher. A partir daí o feminismo cresceu no Brasil e a questão da participação da mulher na vida política ganhou corpo - o feminismo é um fermento importante para a ativação política feminina.

 

Há algum tempo, os partidos políticos têm procurado criar mecanismos que assegurem a presença feminina na vida pública e na sociedade. Como conseqüência, as brasileiras começam a descobrir um novo leque de oportunidades. Hoje, elas lideram 46% dos pequenos negócios existentes no Brasil - em 2000 eram apenas 29%.

 

 

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