O lateral esquerdo Roberto Carlos, que acertou contrato com o Anzhi Makhachkala, da Rússia, afirmou nesta quarta-feira, que só não jogou contra o Deportes Tolima, na Colômbia, por decisão única do técnico Tite.

Na ocasião, Roberto Carlos acabou sendo sacado da equipe na véspera do confronto e o motivo alegado pelo treinador foi uma lesão no jogador. O time paulista acabou sendo derrotado por 2 a 0 e ficou fora da fase de grupos da Taça Libertadores.

"Eu tinha condições de jogo por pelo menos 65 minutos. Tive uma conversa com o Tite e chegamos a uma conclusão que eu tinha que estar 100%. Eu fui para jogar, mas ele [Tite] tomou a decisão de me deixar fora e eu respeitei. Ele tomou a decisão na hora errada", afirmou em entrevista para a rádio Bandeirantes.

A eliminação precoce na Taça Libertadores despertou a ira da torcida corintiana, que chegou a quebrar carros de funcionários do clube e entrou em confronto com a polícia durante um treinamento da equipe.

O fato pesou, segundo Roberto Carlos, para ele deixar a equipe e voltar a atuar por um time da Europa.

"A minha decisão não seria essa se não tivesse acontecido aquilo. O pensamento era de jogar mais um, dois anos no Corinthians", afirmou.

Ainda de acordo com Roberto Carlos, a violência da torcida também foi determinante para Ronaldo anunciar sua aposentadoria do futebol, embora o atacante negue e diga que só parou por conta das lesões.

"Foi por isso também que o Ronaldo tomou a decisão. Ele só estava esperando eu tomar a decisão. A gente não precisa mais passar por isso. Foi uma falta de respeito enorme com a gente", falou.