Folha Online | 11 de fevereiro de 2011 - 18:02

Dólar fecha a R$ 1,66 e acumula queda de 0,4% no mês

A taxa de câmbio doméstica acumula uma queda de 0,4% nas duas primeiras semanas de fevereiro, com um recuo de 0,23% somente nesta sexta-feira.

O Banco Central multiplicou suas intervenções no segmento de moeda e manteve a prática de dois leilões diários para compra de dólar à vista, além de operações com dólar a termo e ofertas de "swap" cambial reverso (compras no mercado futuro).

Mas as próprias estatísticas do BC tem mostrado um fluxo bastante forte de divisas para o país --mais de US$ 15 bilhões somente em janeiro-- possivelmente de captações externas, feitas por empresas brasileiras para se financiar a juros mais baixos no exterior, e fugir das taxas brasileiras caras, reconhecidamente altas.

Hoje, os últimos desdobramentos da crise do Egito, com destaque para a a renúncia do ditador Hosni Mubarak, mereceram reações positivas nas maiores Bolsas de Valores. Somente a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) sobe 1,32%, voltando a oscilar acima dos 65 mil pontos. O giro financeiro é de R$ 5 bilhões. Em Nova York, a Bolsa local tem ganho de 0,19%.

O dólar comercial foi cotado por R$ 1,667, em um decréscimo de 0,23%, após variar entre R$ 1,677 e R$ 1,664 ao longo do expediente. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi negociado por R$ 1,790 para venda e por R$ 1,630 para compra.

O BC comprou dólares bem cedo --antes das 11h (hora de Brasília)-- e retornou ao mercado de câmbio às 15h45, próximo do encerramento das operações. Como de praxe, não há informações oficiais imediatas sobre a quantia de moeda adquirida nessas operações. Semana que vem, na quarta-feira, a autoridade monetária publica seu boletim sobre essas operações.

JUROS FUTUROS

No mercado futuro de juros, que serve de referência para os empréstimos nos bancos, as taxas projetadas nos contratos mais negociados ficaram praticamente estáveis.

A taxa projetada no contrato para julho passou de 11,88% ao ano para 11,87%; para janeiro de 2012, a taxa prevista foi mantida em 12,33%. E no contrato para janeiro de 2013, a taxa projetada avançou de 12,78% para 12,79%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.