A partir da semana que vem o Brasil passa a produzir um importante medicamento usado no tratamento de aids e hepatites.

O Governo Federal obteve licença para fabricar a versão genérica do medicamento Tenofovir, o que deve gerar uma economia aos cofres públicos de mais de 400 milhões de reais até 2015.

Com o início dessa fabricação, 10 dos 20 medicamentos antirretrovirais fornecidos pelo SUS passam a ser fabricados no Brasil.

Para o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Dirceu Greco, a novidade fortalece a autonomia do País.

"Como você mostra que é capaz de fazer esse medicamento, nos mostra que somos capazes de fazer vários.

Com isso, facilita a negociação de outros medicamentos. Então, o acesso é o mesmo, a sustentabilidade é garantida e o preço será mais baixo. E é isso exatamente que o SUS quer."

Para o diretor do Complexo Industrial e Inovação em Saúde da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Zich Moyses, além de fortalecer a produção nacional, a licença obtida vai aumentar o acesso da população ao medicamento.

"Significa a garantia de suprimento interno de um produto estratégico para o Ministério da Saúde em preços competitivos e com tecnologia própria aqui no país e com fortalecimento da produção pública brasileira, garantindo balizamento e suprimento adequado."

Hoje, cerca de 64 mil pacientes soropositivos e mais de mil brasileiros com hepatite usam o medicamento.

Com a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária para a venda do remédio, nove milhões de comprimidos do Tenofovir começarão a ser produzidos.

De acordo com o Ministério da Saúde, o primeiro lote estará disponível para os pacientes no final de março.(Ministério da Saúde)