MS JÁ | 10 de fevereiro de 2011 - 14:37

HE terá R$ 28,8 milhões para atender saúde pública em Dourados

O Diário Oficial de Dourados trouxe na edição do último dia 09 a notícia de que a Associação Beneficente Douradense, que administra o Hospital Evangélico terá nada menos que R$ 28.836.687,00 para tratar de pacientes encaminhados pela prefeitura e administrar o Hospital da Vida.

A Associação receberá a verba devido à "Inexigibilidade de licitação", que é quando não há concorrente para aquele serviço e ele é extremamente necessário.

Pelos termos a Associação foi contratada para a execução de serviços médico-hospitalares e ambulatoriais de média e alta complexidade a serem prestados à população própria e referenciada, de acordo com as normas e diretrizes do SUS, para complementar a atenção à saúde do Município de Dourados.

Para fazer isso receberá aproximadamente R$ 9.120.000,00, valor que pode ser maior ou menor, uma vez que serão pagos por produção hospitalar e ambulatorial dos serviços contratados.

O outro serviço que faz parte do contrato é o gerenciamento do Hospital da Vida que se destina exclusivamente ao atendimento de pacientes do Sistema Único de Saúde. Para isso serão investidos R$ 19.716.687,72. O contrato é retroativo à 1º de janeiro deste ano.

A Associação

A Associação Beneficente Douradense existe desde 1945, quando começou a gerir o Hospital Evangélico Doutor e Senhora Goldsby King. Em sua página na Internet se descreve como "maior complexo hospitalar do interior do estado do Mato Grosso do Sul", com capacidade para atender mensalmente cerca de 1.500 internações e 6370 consultas. Diz ainda atender a região da Grande Dourados e paraguaios.

Consta na mesma página que possui 120 médicos e 15 paramédicos. Possui o título Amigo da Criança (2000) da OMS (Organização Mundial da Saúde) em parceria com o UNICEF.

Uragano

Mas, a relação da Associação Beneficente com o Município nem sempre foi tão produtiva. No ano passado, durante a Operação Uragano da Polícia Federal, que prendeu o ex-prefeito de Dourados, Ari Artuzi e mais 59 pessoas, diretores da Associação foram indiciados e o nome da instituição apareceu no rol dos acusados, na relação divulgada pelo Ministério Público.