9 de dezembro de 2004 - 08:21

Vigilância apreende 355 quilos de carne clandestina

A Vigilância Sanitária de Dourados continua apertando o cerco contra a venda de carne clandestina (sem inspeção animal). A última apreensão somou 355 quilos de produto de origem animal (carne, carne moida, lingüiça ) clandestina. O alimento foi apreendido em três diferentes estabelecimentos comerciais do município na última terça-feira.
Neste final de ano onde a procura por produtos de origem animal aumenta consideravelmente em função das festas de natal e ano novo o trabalho de fiscalização está cada vez mais intensa, conforme o coordenador da VS em Dourados Valdir Sader Gasparotto.
Em menos de quinze dias as apreensões de produtos de origem animal (carne, lingüiça, queijo, etc..) já ultrapassam meia tonelada. O destino das apreensões é o aterro sanitário. As denúncias por parte da população também aumentam nesta época.
A comercialização de carne clandestina e a fabricação irregular de lingüiça vem preocupando técnicos da Vigilância Sanitária de Dourados, que alertam a população quanto ao risco de se contrair várias doenças e intoxicação alimentar, que pode levar até a morte. Para se ter uma idéia da gravidade da situação, em apenas um dia, foram apreendidos no final do mês passado cerca de 220 quilos de carne clandestina (sem inspeção animal) em Dourados (incluindo lingüiça), que eram fabricadas em "fundo de quintal", sem as mínimas condições de higiene. As apreensões aconteceram em três diferentes estabelecimentos comerciais da periferia.
A Vigilância Sanitária fez as seguintes apreensões. 140 quilos de carne suína, 28,75 quilos de lingüiça, nove quilos de queijo caipira, 8,7 quilos de carne moída em estoque, 15 quilos de charque e 17,8 quilos de frango temperado.
O coordenador da Vigilância Sanitária de Dourados, Valdir Gasparotto lembra a população para que procure saber da procedência da carne que está comprando e fique atento ao local de fabricação da lingüiça, bem como as condições de higiene.
No caso da lingüiça, é necessária a inspeção porque na sua fabricação as vezes são utilizadas: carnes impróprias para o consumo, sem inspeção animal, cortes de carnes rejeitadas, sebo, miúdos, entre outros.
Outro perigo é o uso de conservantes como o nitrido e nitrato, que dão coloração rósea, de forma indiscriminada, em doses acima do permitido tornando estas substâncias cancerígenas. Os tipos de doenças mais comuns em conseqüência do conservante são; câncer de estômago, de intestino e boca. As más condições de higiene dos locais onde se fabricam lingüiça irregularmente também são cada vez mais preocupantes.
ABATE
Outro alerta que a Vigilância volta a fazer à população é que o animal abatido sem acompanhamento do responsável técnico, sem as mínimas condições de higiene, em local impróprio (a céu aberto exposto a contaminações externas), também pode estar contaminado por doenças que tornam a sua carne imprópria para o consumo, expondo o consumidor a inúmeras doenças graves. Qualquer denúncia neste sentido deve ser feita através do telefone 424-0709.
 
 
 
Dourados Agora