| 8 de fevereiro de 2011 - 11:24

Leia a coluna "Fala Sério!" por Antonio Jorge Rettenmaier

O pior é que eu também não, e ainda vou acabar com ela! Não sei quando, mas que vou, isso vou! Pode apostar!

Até já me disseram uma vez que esse mal pega, é transmissível. Mesmo que alguém não seja acaba ficando desorganizado por força de hábito alheio. Aliás, este mesmo alheio que depois irá cobrar mais organização, ordem nas coisas. Incrível não? É tal do faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço. Mas nem sempre é possível porque a bagunça acaba invadindo o espaço do organizado, e nunca ao contrário.

Basta que sejamos mais observadores que veremos que na maioria das vezes nos somos os mais desorganizados, até mesmo sentimentalmente, sem sabermos muito bem o que queremos, desejamos, buscamos, e daí para fazer o errado, é só questão de um instante ou espaço mínimo aberto do outro lado.

Muitas vezes tentamos mostrar organização, um pouco de capacidade de mobilização para colocar as coisas em ordem, mas mesmo assim, o organizado acaba ficando confuso, porque não vamos achar onde deixamos alguma coisa, uma palavra, um gesto, um sorriso e até mesmo, os óculos ou relógio, talão de cheque ou cartão do banco, coisinhas assim, sem importância, sabem?

É muito difícil a gente conseguir entender que cobramos dos outros nossas próprias dívidas, e assumi-lo é totalmente fora de cogitação. Até porque se pegarmos alguma coisa de algum lugar e largarmos por aí em qualquer outro, uma hora dessas ela vai aparecer de novo, nem que o dono precise ficar reclamando. Mas, também... Reclamando de que, por favor? Está por aí, ora! Tem certas pessoas que parecem viver só para reclamar!

Afinal de contas, de que valeria a vida sem ter a preocupação de não saber onde foi parar o cartão de crédito, a chave da casa, e a conta de luz ou telefone, por exemplo? Poxa, se não me engano está vencendo hoje, mas depois a gente acha, ela aparece. Não tem pernas para ir a qualquer lugar mesmo, ora!

Sabiam que tem dias em que me pego pensando onde foram parar algumas coisas, como uma caneta, por exemplo? A questão do celular, por exemplo, é de fácil solução. Basta ligar do convencional para ele, ou de outro para ele, que ele vai dar o sinal e ser localizado na maior facilidade. Pode-se também até telefonar do fixo para um parente ou amigo do pedindo que ligue para nosso celular para que possamos localizá-lo dentro de casa, não? Fácil!

Por falar nisso... Alguém de vocês viu meus óculos?

Antonio Jorge Rettenmaier, Cronista, Escritor e Palestrante, membro da AGEI, Associação Gaúcha dos Escritores Independentes. Esta coluna está em mais de oitenta jornais impressos e eletrônicos no Brasil e Exterior. ajrs010@gmail.com.