Agência Brasil | 3 de fevereiro de 2011 - 13:14

Material de construção puxa vendas do varejo, indica Serasa

janeiro, na comparação com janeiro de 2010, impulsionado, principalmente, pela procura de itens da construção civil cujas vendas cresceram, em média, 15% na mesma base de comparação. Os dados são da pesquisa Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio.

Além dos materiais de construção, houve aumento nas vendas de móveis, eletroeletrônicos e informática (10,4%), seguido pelo setor de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (6%); combustíveis e lubrificantes (4,7%) e estabilidade na comercialização de veículos, motos e peças.

O único setor em queda foi o de tecidos, vestuário, calçados e acessórios (-1,4%), desempenho atribuído às fortes chuvas na Região Sudeste que podem ter prejudicado o escoamento da moda verão.

Na análise dos economistas da empresa de consultoria Serasa Experian, a tendência para os demais meses deste ano é de um aquecimento menos intenso do que o registrado em 2010 no comércio em geral. Por meio de nota, eles justificaram que “a adoção de medidas macroprudenciais de restrição ao crédito e o início do processo de aumento da taxa básica de juros (Selic) deverão fazer com que, em 2011, o varejo exiba crescimento positivo em sua atividade, porém em taxas mais moderadas do que as verificadas ao longo de 2010”.

O resultado de janeiro foi inferior ao verificado em novembro e dezembro, períodos em que, tradicionalmente, o mercado fica mais aquecido por conta das festas de final de ano. Em novembro de 2010, as vendas foram 11,2% maiores que as registradas no mesmo período do ano anterior. Em dezembro, o crescimento foi de 12,8%.

De acordo ainda com a Serasa, com os ajustes sazonais houve queda de 2,7% no movimento de janeiro sobre dezembro e o recuo mais significativo ocorreu no segmento de tecidos, vestuário, calçados e acessórios (-1,9%) e no de móveis, eletroeletrônicos e informática (-1,3%). Nos supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas, as vendas ficaram 0,6% abaixo do registrado no último mês do ano passado. Os outros três setores pesquisados apresentaram aumentos: material de construção com 3,1%; veículos, motos e peças com 1,4% e combustíveis e lubrificantes com 1,5%.