Agência Brasil | 29 de janeiro de 2011 - 10:00

Correios poderão ter agências no exterior e subsidiárias

O novo estatuto dos Correios vai permitir que a empresa amplie sua atuação no exterior, com a abertura de agências próprias em outros países.

Hoje os Correios não têm estrutura de agências fora do Brasil; portanto, as encomendas que vêm de fora passam por outras empresas, por meio de acordos de cooperação.

No novo formato, que foi aprovado no início do ano pelo Conselho de Administração da estatal, a empresa poderá direcionar e entregar diretamente objetos no exterior.

"O objetivo é aumentar a possibilidade de atuação dos Correios fora do Brasil, facilitando o acesso do cidadão brasileiro em diversas partes do mundo", disse o presidente da empresa, Wagner Pinheiro. Ainda não há previsão de quando o serviço começa a funcionar, nem em quais países será implantado.

As alterações também abrem a possibilidade de os Correios criarem empresas subsidiárias e comprarem participação em outras empresas. Na prática, isso vai dar à estatal mais flexibilidade de criar estruturas menores para ter mais agilidade em setores nos quais disputa mercado, como o de logística e entrega de encomendas.

O novo estatuto também traz mudanças na gestão da empresa, como a obrigatoriedade de publicação anual dos balanços da empresa. Outra mudança estabelece que o presidente da empresa não será mais o presidente do Conselho de Administração, que será eleito pelos conselheiros entre um dos membros que será indicado pelo Ministério das Comunicações. Para a gestão atual, o presidente do Conselho de Administração será o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

As regras do novo estatuto só passarão a valer após a publicação de um decreto presidencial, depois de passar pela análise do Ministério do Planejamento e da Casa Civil.