Uol | 26 de janeiro de 2011 - 09:34

Estudo identificou oito alimentos indispensáveis para viver bem

Praticar atividades físicas, dormir bem, manter uma alimentação balanceada. Todo mundo já está careca de saber que esses hábitos são fundamentais para quem quer preservar a qualidade de vida. E, quando o assunto é comida, essa relação parece ainda mais estreita, afinal, já ficou comprovado que tudo que se leva ao prato pode beneficiar ou atrapalhar de vez o funcionamento do organismo.

O problema é que, em meio a tantas informações, sempre bate aquela dúvida: existem alimentos-chave que garantem longevidade? A resposta é sim. De acordo com pesquisadores da Universidade de Lund, na Suécia, em meio a tantos alimentos funcionais, oito merecem destaque na luta contra o envelhecimento precoce: mirtilo, canela, amêndoas, uvas-passas, grãos de soja, pão e arroz integrais e salmão.

Vida longa

Para desvendar o segredo por trás desta descoberta, é preciso, antes de qualquer coisa, conferir a composição de cada um desses alimentos. O mirtilo contém antocianinas, a soja tem flavonoides, e os alimentos integrais contêm fibras e minerais como o magnésio e o cobre, importantes antioxidantes. "Já o salmão possui ácido graxo ômega-3, que previne doenças cardiovasculares, enquanto a uva contém resveratrol, substância que desempenha o mesmo papel", explica a nutricionista Cinthia Monteiro, do Centro Universitário São Camilo, de São Paulo. Para completar o time, a canela e as amêndoas ajudam a controlar a pressão arterial e a estabilizar o nível de açúcar no sangue.

Células protegidas

Juntas, todas essas propriedades contribuem para um bem comum: acabar com o excesso de radicais livres no organismo - moléculas que, em pequenas quantidades, ajudam a combater bactérias e vírus, mas, quando multiplicadas, tornam-se verdadeiras vilãs. "Elas podem modificar as proteínas celulares acarretando diversas doenças", explica a nutricionista.

A ação negativa dos radicais livres pode ser desencadeada por vários fatores, mas acontece principalmente quando o organismo fica carente de vitaminas e minerais capazes de neutralizá-la. É aí que a listi- nha de alimentos se torna fundamental.

Inflamação, nunca mais

Quando se sente atacado, o corpo produz hormônios que ajudam a protegê-lo contra infecções. Essa resposta imediata dos organismos vivos em combate ao "estranho" é chamada de processo inflamatório. "Uma dieta rica em alimentos com potencial anti-inflamatório pode fortalecer o sistema imunológico e favorecer o equilíbrio de todas as funções básicas do organismo", alerta a nutricionista Ana Carolina Paternez, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, de São Paulo.

Não à toa, o cardápio recomendado pelos especialistas suecos é mesmo uma receita para o sucesso. Rico em ômega-3, favorece a produção de substâncias capazes de conter inflamações nas paredes dos vasos sanguíneos, prevenindo enfartes e acidentes vasculares cerebrais. Já os flavonoides e polifenois, também presen- tes na dieta, melhoram o fluxo de oxigênio e nutrientes pelo corpo, o que ajuda a estabilizar os níveis de colesterol e afasta a possibilidade de doenças neurológicas.