minhavida.uol.com.br | 25 de janeiro de 2011 - 15:56

Vasectomia oferece menos riscos que laqueadura

A vasectomia é cada vez mais utilizada por casais que não querem mais ter filhos.

Atualmente, a cirurgia é oferecida em serviços públicos e também por meio dos convênios médicos, tem baixo índice de complicações e custa menos do que uma laqueadura.

"É cada vez maior o número de homens que optam pelo procedimento sem preconceito, já que existe o conhecimento de que a vasectomia torna o homem estéril, mas não interfere na produção de hormônios masculinos e nem no desempenho sexual", explica o urologista do Hospital Professor Edmundo Vasconcelos, Samuel Saiovici.

O procedimento é simples e oferece menos risco em relação à laqueadura na mulher.

Na cirurgia de vasectomia, é realizada uma ou duas pequenas incisões no escroto para cortar os ductos deferentes por onde passam os espermatozóides.

O homem continua ejaculando, produzindo líquido seminal e secreção prostática, só que sem a presença de espermatozóides.

"A vasectomia, assim como a laqueadura, não representa 100% de eficácia, podendo haver casos de recanalização espontânea dos ductos deferentes, que poderá permitir a passagem de espermatozóides provocando a gravidez.

Nas mulheres é raro, mas pode acontecer a recanalização das trompas", diz o médico.

Em média, a cirurgia dura 30 minutos e o paciente é liberado para ir para casa e ficar em repouso.

O ideal é que relações sexuais só aconteçam de 5 a 7 dias após a cirurgia, porém, mantendo-se os mesmos métodos anticoncepcionais até a realização de exame de espermograma com resultado de ausência de espermatozóides, em média, após 20 a 30 ejaculações.

Já no caso da laqueadura o procedimento é parecido ao da cesariana ou por meio de laparoscopia.

Nesses casos a invasão é maior e a cirurgia tem duração superior a 40 minutos. A mulher deve ficar internada por um ou dois dias no hospital.

Em geral, o pós-operatório da vasectomia é bastante tranqüilo. Alguns pacientes podem sentir uma leve sensibilidade nos testículos durante alguns dias.

Complicações como hematoma, inflamação do testículo e infecção são raras.

A vasectomia é reversível, mas a cirurgia de reversão é muito mais delicada, deve ser realizada em ambiente hospitalar, com utilização de microscópio, e implica uma provável diminuição da fertilidade.

Segundo o urologista, o homem que decidir pela vasectomia não deve pensar em uma possível reversão. "Isso indica que ele não está preparado".

Um indivíduo com idade acima de 30 anos, com casamento ou relacionamento estável e com dois ou mais filhos teoricamente seria um bom candidato para métodos de esterilização definitivos.

Mas há fatores subjetivos que também precisam ser avaliados, como questões religiosas, por exemplo.