O presidente do Grêmio, Paulo Odone, disse nesta segunda-feira que fez todos os esforços para renovar o contrato com o atacante Jonas, artilheiro do último Campeonato Brasileiro e que se transferiu para o Valencia, da Espanha.

Segundo o dirigente gaúcho, o clube de Porto Alegre chegou a oferecer R$ 6 milhões em luvas para o jogador, com R$ 600 mil em salários e um contrato até 2014. Odone garantiu que superou a proposta que o Lokomotiv, da Rússia, havia feito para o jogador.

No entanto, o cartola acrescentou que Jonas, há uma noite atrás, "avisou que já tinha aceitado a oferta do time espanhol e que a sua transferência para a Europa estava concretizada".

"Nós íamos cobrir uma oferta do Lokomotiv, que ele ganharia R$ 400 mil. Oferecemos R$ 6 milhões de luvas e R$ 600 mil de salário. Íamos fazer um esforço gigantesco, acima das possibilidades do Grêmio para ele ficar", disse Odone, em entrevista à Rádio Gaúcha.

O presidente do Grêmio, no entanto, rechaçou que a diretoria atual tenha sido enganada pelo irmão e empresário de Jonas, Tiago Gonçalves. Odone colocou a culpa na direção anterior, que firmou o contrato.

O atleta saiu do clube com o pagamento de uma multa contratual de 1,25 milhão de euros, o equivalente a R$ 2,8 milhões.

"O Grêmio não foi enganado, mas não fomos nós que firmamos esse contrato com multa irrisória. Está assinado pelo ex-presidente Duda Kroeff", justificou.

Sem Jonas, a equipe gremista estreia na Taça Libertadores nesta quarta-feira, contra o Liverpool (URU). A partida acontece às 22h (de Brasília), em Montevidéu, no estádio Centenário.