| 24 de janeiro de 2011 - 09:41

Baixo efetivo reduz emissão de carteira de trabalho

O baixo número de funcionários vem comprometendo a emissão de carteiras de trabalho em Dourados. Enquanto a procura só aumenta, o número de servidores no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) cai. Isto porque além de anos com o quadro defasado, o que foi no ano passado motivo de protestos, em janeiro metade do efetivo responsável por este tipo de serviço entrou de licença. Com isso, diariamente mais de 20 pessoas, que muitas vezes madrugam nas filas por senhas, voltam para casa sem atendimento.

Ao Douradosagora, o gerente regional do MTE, Carlos Alberto Sfeir, explica que por dia mais de 100 pessoas procuram por atendimentos diversos no local. Destes, 60 são para a emissão de carteira, mas apenas pouco mais da metade consegue ser atendida. Segundo ele, dos quatro servidores disponibilizados para este atendimento, três estão de licença. Apenas um realiza todo o trabalho. Com baixo efetivo, a medida de emergência foi reduzir o número de emis-sões de carteira.

Carlos explica que as dificuldades são grandes, tanto para os usuários, que voltam várias vezes para conseguir senha, quanto para os servidores. “De amanhã apenas uma pessoa colhe material para o pedido de emissão. A tarde, esta mesma pessoa precisa parar o recolhimento das emissões para confeccionar as carteiras”, destaca.

Outro agravante é que uma nova regra limitou os trabalhos do Sistema Nacional de Emprego (Sine) em relação as emissões da carteira. “Em períodos de financiamentos com a Caixa Econômica, a procura aumenta ainda mais porque a carteira de trabalho antiga não é aceita. A nova versão digitalizada vem sendo requisitada”, explica.

Além de Dourados, o MTE atende a região. “São vários trabalhos que prestamos diariamente ao público. Infelizmente não estamos conseguindo atender a todos no mesmo dia. É difícil para nós, mais sabemos que é mais complicado ainda para quem precisa madrugar na fila para conseguir senha”. Segundo ele, a superintendência do MTE já foi comunicada sobre o problema. “Estamos no aguardo de uma solução, que pode não ser imediata devido aos processos burocráticos de novas contratações que exigem concurso público”, frisa.