Uol | 21 de janeiro de 2011 - 13:48

Economia cresceu 0,5% em novembro, aponta Serasa

O Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal) avançou 0,5% em novembro/10 frente ao mês imediatamente anterior, já descontadas as influências sazonais. Com este resultado, o crescimento da atividade econômica manteve-se em 0,6% no trimestre encerrado em novembro/10, mesmo ritmo observado no trimestre findo em outubro/10.

Pelo prisma da demanda agregada, o resultado positivo do mês de novembro/10 foi determinado, em primeiro lugar, pelo crescimento de 5,5% dos investimentos produtivos (formação bruta de capital fixo) e pela alta de 2,2% das exportações de bens e serviços. Pela ótica da oferta agregada, o crescimento de 1,3% da atividade industrial e de 0,5% do setor de serviços foram os responsáveis pelo crescimento positivo da atividade econômica em novembro/10.

Para os economistas da Serasa Experian, a alta de 0,5% da atividade econômica em novembro/10 e as notícias que as vendas de Natal de 2010 foram muito positivas sinalizam que o ritmo de crescimento econômico se acelerou, de fato, ao longo do quarto trimestre do ano passado, comparativamente às taxas de crescimento verificadas nos segundo e terceiro trimestres de 2010.

Na comparação com o mês de novembro de 2009, o crescimento econômico brasileiro atingiu 5,2% fazendo com que, no acumulado anual de 2010 (janeiro a novembro), a expansão da atividade econômica registrasse 7,7% (em relação ao período de janeiro a novembro de 2009). Nos doze meses encerrados em novembro de 2010, o crescimento econômico atingiu 7,7%, influenciado pelo crescimento de 11,0% da atividade industrial neste mesmo critério de comparação. Estes resultados sinalizam que a economia brasileira deverá encerrar o ano de 2010 com um crescimento real ao redor de 7,5% em relação ao ano de 2009.


Metodologia do Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal)
Na construção do Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal) utilizam-se técnicas estatísticas de desagregação temporal com indicadores (Chow-Lin, Fernandez, Litterman e Santos Silva-Cardoso). Cada subcomponente do PIB Trimestral, sem ajuste sazonal, oriundo do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais do IBGE, foi desagregado, por cada uma das técnicas supramencionadas, utilizando-se séries de alta freqüência (mensais) altamente correlacionadas com a série a ser desagregada. Considerou-se como estimativa final de cada série mensal associada a cada um dos subcomponentes do PIB Trimestral a média aritmética simples dos valores mensais obtidos por cada uma das técnicas distintas de desagregação temporal.

As séries mensais finais dos subcomponentes foram utilizadas como indicadores para a obtenção das séries dos níveis hierárquicos imediatamente superiores, sempre considerando como estimativas finais, em cada etapa, as médias aritméticas dos valores obtidos pelas quatro técnicas de desagregação temporal. Tal procedimento foi conduzido até chegar-se à última desagregação temporal, ou seja, do PIB Trimestral Consolidado, sendo que, para tanto, consideramos como indicadores mensais as séries desagregadas dos componentes da oferta agregada.

Para a obtenção das estimativas mensais das séries do PIB Trimestral com ajuste sazonal, cada componente mensal desagregado nos procedimentos anteriores (sem ajuste sazonal) foram ajustados sazonalmente utilizando-se TRAMO/SEATS constituindo-se, assim, os indicadores mensais a serem utilizados nas técnicas de desagregação temporal das séries, com ajuste sazonal, do PIB Trimestral.