A Polícia Federal apreendeu ontem, no Aeroporto Marechal Rondon (Várzea Grande), quase R$ 1,5 milhão em 43 barras de ouro que estavam em poder de um homem sem documento fiscal ou comprovação de origem que tentava embarcar para São José do Rio Preto (SP). No total, o passageiro, oriundo de Sinop (a 500 Km de Cuiabá), transportava 18,950 quilos do metal. Ele foi preso em flagrante.

O valor total de mercado do ouro apreendido ainda será objeto de perícia, mas um cálculo baseado na cotação do Banco do Brasil (R$ 77,5 pelo grama), as barras de ouro estariam avaliadas em R$ 1.468.625.

De acordo com nota da PF, as barras do metal estavam embaladas em papel carbono azul escuro, uma forma de dificultar a detecção por parte dos aparelhos de controle do terminal. Entretanto, na sala de embarque, a fortuna foi detectada pelo aparelho de raio-x como um suspeito e pesado quadrado preto. O policial que estava de serviço no plantão do aeroporto desconfiou do peso excessivo do objeto que apareceu no monitor do equipamento.

Quando perguntado a respeito do metal, o passageiro – cujo nome não foi revelado pela PF – declarou que não era o dono. Sua função, afirmou, seria apenas transportar o ouro até São José do Rio Claro. Lá, ficaria na empresa que comercializa ouro para a qual ele trabalha, mas também para a qual estaria realizando este tipo de serviço pela primeira vez.

Mas o homem não convenceu a polícia porque não portava comprovante de seu vínculo empregatício com a suposta empresa ou qualquer comprovante sobre a origem do ouro, tampouco a nota fiscal. Por isso, o ouro foi apreendido e o passageiro será indiciado por crime contra a ordem econômica e receptação. Como há legislação específica do Departamento Nacional de Produção Mineral, outros crimes ainda podem ser imputados ao passageiro, segundo adiantou o delegado que realizou a apreensão do material.