Folha Online | 13 de janeiro de 2011 - 17:56

Anúncio da beatificação de João Paulo 2º pode ser feito amanhã

O milagre necessário para beatificar João Paulo 2º pode ser aprovado rapidamente pelo papa Bento 16. O anúncio poderá ser feito oficialmente nesta semana, segundo a agência francesa de notícias religiosas I.media, confirmada pela Santa Sé.

Segundo a imprensa italiana, a assinatura de Bento 16 --única coisa que falta para a beatificação de João Paulo-- poderá ser feita amanhã.

Nesta quinta-feira, trabalhadores começaram a restaurar um mosaico em uma capela perto da entrada da Basílica de São Pedro. Um grupo de operários trabalha na capela de São Sebastião, ao lado da onde está a célebre Piedade de Michelangelo, na ala direita da Basílica.

Por tradição, os restos dos pontífices que serão beatificados costumam ser tirados da cripta que fica no sótão da Basílica, onde estão enterrados, ao andar principal.

O bispo polonês Tadeusz Pieronek, antigo n º 2 da Conferência Nacional dos Bispos polacos, afirmou nesta quinta-feira que esperava que o Vaticano anunciasse amanhã que Bento 16 tinha aprovado o milagre.

Ele disse que a data de beatificação poderia ser antes do dia 1º de maio, embora outros relatos disserem que a beatificação poderia acontecer no final do ano, dada às enormes preparações que serão necessárias para sediar o fluxo de peregrinos para o evento.

A beatificação é o primeiro grande passo possível para a santidade. Bento 16 colocou João Paulo no caminho para a santidade apenas algumas semanas depois que ele morreu em 2005, respondendo aos gritos de "santo súbito", que estouraram durante a sua missa fúnebre.

Renunciando ao típico período de cinco anos de espera para o processo de beatificação, Bento 16 insistiu que a investigação sobre a vida de João Paulo fosse completa de modo a não deixar dúvidas sobre suas virtudes.

Primeiro não-italiano no cargo em 450 anos, João Paulo 2º foi gravemente ferido em um atentado em 1981. Nos últimos anos, o papa sofria do mal de Parkinson.

A freira francesa Marie Simon-Pierre, 47, diz ter sido repentinamente curada da mesma doença, dois meses depois da morte de João Paulo 2º, quando ela e uma colega rezaram pela intercessão dele.