Campo Grande deve ganhar um novo presídio feminino no próximo ano, como alternativa à superlotação que atinge também as celas destinadas às mulheres detidas na Capital e interior do Estado. A proposta já foi encaminhada à Brasília pela Superintendência de Política Penitenciária de Mato Grosso do Sul, que alega o aumento no número de mulheres presas e condenadas nos últimos anos em Mato Grosso do Sul.

Segundo a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), a intenção é distribuir apenas as detentas condenadas no novo presídio, cujo projeto aponta capacidade para 300 internas. Desta forma o atual Estabelecimento Penal Feminino da Capital “Irmã Zorzi” serviria como um presídio de trânsito destinado às detentas que aguardam julgamento.

“Precisamos urgente de um novo presídio feminino”, alertou o diretor da Agepen, Luiz Carlos Telles, que estima que a resposta da Depen (Departamento Nacional do Sistema Penitenciário), autorizando ou não o início das obras, chegue até fevereiro. Questionado quanto aos custos para o novo presídio, o diretor preferiu não adiantar valores, revelando apenas que deve ser utilizada uma planta padrão para presídios femininos do Departamento.

Ainda sem local definido, o diretor espera que o novo estabelecimento seja construído dentro do complexo penitenciário da Capital. “O governo tem um terreno ao lado do Presídio de Trânsito. Teríamos que avaliar se o local comporta o projeto”, disse, ressaltando que a nova planta atende diretamente às necessidades específicas das mulheres e também de segurança, um tanto falhas no atual presídio, que é fruto de uma adaptação do antigo presídio semi-aberto da Capital.

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