A diretoria da Enersul confirmou nesta terça-feira, durante reunião com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Jerson Domingos (PMDB), a hipótese de a empresa reivindicar 20% de reajuste na tarifa de energia elétrica em Mato Grosso do Sul.

A planilha de custos foi apresentada ontem aos deputados estaduais, em reunião. O aumento seria aplicado a partir de abril do ano que vem, depois que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) analisar a nova composição tarifária. Entre empresas, consumidores residenciais e industriais, a Enersul tem em torno de 800 mil clientes em Mato Grosso do Sul.

Os deputados não avaliaram as pretensões da Enersul, mas ainda devem tomar uma posição depois de estudar a planilha. Em abril deste ano a tarifa de energia elétrica em Mato Grosso do Sul sofreu um reajuste geral de 2,58%. Para os consumidores de baixa tensão, o aumento foi de 1,25%, já os residenciais convencionais, o aumento foi de será de 1,7%. No entanto, para os consumidores de baixa renda, segundo a Enersul, houve uma redução na tarifa, de aproximadamente 4,12%. O aumento só não foi maior porque a Enersul pulverizou a devolução de R$ 78 milhões referentes a cobrança a maior apurada no ano de 2003.

Ontem, o deputado Marquinhos Trad (PMDB), que presidiu a CPI da Enersul, se disse preocupado com novo reajuste e deve pedir ao Conselho dos Consumidores de Energia Elétrica de MS (Concen) e ao Conselho Regional de Economia, pareceres sobre a necessidade ou não de recomposição tarifária, na tentativa de evitar um novo reajuste.

Marquinhos Trad também quer relatório sobre o plano de investimentos da concessionária de energia. Quando a Aneel autorizou o reajuste de abril, ficou aberta a hipótese de o próximo aumento chegar a 26%, mas a própria diretoria da Enersul cogita índice máximo de 20%.