Restam quatro. Mas dos pilotos que chegam a Abu Dhabi na disputa pelo título, só Fernando Alonso depende apenas de suas próprias forças para sagrar-se campeão.

O terceiro lugar no útlimo domingp em São Paulo foi o suficiente para manter o ferrarista na liderança do campeonato --ele perdeu apenas três pontos em relação a seu adversário mais próximo, Mark Webber.

"Se tivessem me dito de manhã que a corrida terminaria assim, eu teria assinado qualquer papel na hora", brincou Alonso, que podia ter saído tricampeão de Interlagos se a combinação de resultados lhe ajudasse.

Quinto no grid após uma classificação complicada, o espanhol assumiu o terceiro posto já na sétima volta, depois de ultrapassar Lewis Hamilton e Nico Hulkenberg, que lhe deu mais trabalho.

Daí em diante, a corrida de Alonso limitou-se a ultrapassar os retardatários.

O momento mais incômodo para o espanhol aconteceu no grid, quando ele foi recebido com gritos da torcida de "Alonso, veado".

"Depois que passei os dois nas primeiras voltas, a vantagem para a dupla da Red Bull já estava enorme, por isso decidimos só controlar a vantagem que tínhamos para a McLaren para tentar sermos mais conservadores com o motor", disse o ferrarista.

"No final, eu acabei fazendo uma corrida bastante solitária. Mas pensando no campeonato, estou feliz com o resultado", completou o espanhol, que já tinha a matemática para ficar com o terceiro título na ponta da língua logo após a prova em São Paulo.

Enquanto a dupla da Red Bull era bombardeada a seu lado com perguntas sobre um eventual jogo de equipe para ficar com o título do Mundial de Pilotos nos Emirados Árabes, Fernando Alonso sorria discretamente.

Ao ser chamado para avaliar suas chances de ser campeão, não titubeou: "100%", disparou o ferrarista.

"Só preciso ser o segundo, independentemente de quem vença em Abu Dhabi. Por isso, nosso objetivo é fazer a pole no sábado e vencer a corrida no domingo. Se não for possível, tentaremos o segundo lugar. Assim o problema está resolvido", disse Alonso.