Folha Online | 8 de novembro de 2010 - 12:59

Defensoria Pública propõe anular primeiro dia de prova do Enem

A Defensoria Pública da União informou nesta segunda-feira que vai recomendar ao MEC (Ministério da Educação) que anule a prova do Enem 2010, realizada no último fim de semana, e que uma nova data para a realização do exame seja determinada.

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A recomendação do órgão acontece devido às diversas falhas relatadas por candidatos após a realização da prova. No primeiro dia de prova, parte dos exemplares saiu com folhas repetidas ou erradas. Já no cabeçalho da folha de respostas, o espaço para o gabarito das questões de ciências da natureza estava incorretamente identificado como ciências humanas.

A defensoria afirmou ainda que, caso a recomendação de anulação não seja atendida, o órgão ajuizará ação civil pública contra o MEC. A Defensoria também colocou no ar um e-mail para que os candidatos afetados relatem os problemas, indicando ainda o nome, localidade em que fez a prova e orientações recebidas pelos fiscais de prova. O endereço de e-mail é enem2010@dpu.gov.br.

Ontem, o presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), Joaquim José Soares Neto afirmou que o problema nas provas amarelas ainda está sendo dimensionado. Uma estimativa preliminar e extraoficial é que cerca 2.000 estudantes tenham feito a prova incompleta.

PROBLEMA NO GABARITO

O presidente do Inep já havia anunciado ontem que entrará no ar na quarta-feira o sistema que permitirá aos candidatos pedir que sua prova seja corrigida em uma ordem diferente de questões. O prazo para os pedidos vai até o dia 16 de novembro.

O presidente do Inep afirmou que ainda será investigada a responsabilidade pelas falhas. Ele afirmou que só soube do problema após as 13h de sábado, embora o edital previsse que funcionários do Inep teriam que aprovar as provas na gráfica.

Ainda assim, ele disse estar com a sensação de "missão cumprida". "Eu me sinto muito orgulhoso de ter liderado um processo dessa dimensão e dessa importância para a educação brasileira", disse.