Conjuntura Online | 6 de novembro de 2010 - 06:26

Alimentação ajuda a acumular inflação de 4,72% na capital

A inflação acumulada em Campo Grande, de janeiro a outubro deste ano, é de 4,72% e nos últimos 12 meses registra 5,13%, é o que aponta a pesquisa mensal realizada pelo Nepes (Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais) da Universidade Anhanguera-Uniderp e divulgada nesta sexta-feira (5). No mês passado, o IPC/CG (Índice de Preços ao Consumidor) de Campo Grande registrou forte alta de 0,91% em relação a setembro.

De acordo com o coordenador do Nepes, professor Celso Correia de Souza, dos sete grupos que compõem o índice, apenas um apresentou deflação: despesas pessoais (-0,20%). “O grupo Alimentação novamente foi o que mais contribui para a alta do IPC em outubro”, destaca Correia. O índice do grupo Alimentação ficou em 2,60%; do grupo Vestuário, em 1,58%; Transportes, em 0,77%; Habitação, em 0,27%; e Saúde, em 0,24%.

Os dez produtos que mais contribuíram para a elevação da inflação em outubro foram: acém, alcatra, etanol, feijão, contrafilé, queijo-de-minas, costela, aluguel casa, sapato masculino e calça comprida feminina. Os dez produtos que contribuíram para frear a inflação em outubro foram: arroz, cebola, aparelho de som, mamão, hidratante, antialérgico e broncodilatador, lingerie, calça comprida masculina, sabão em pó e cheiro verde.

Segundo o estudo, foram registrados altas nos preços da picanha (19,24%), acém (16,05%), feijão (15,98%,) queijo de minas (15,56%), músculo (8,68%). Todos os cortes de carne pesquisados registraram elevações, inclusive os de carne suína e de frango. O pernil aumentou de 6,16%, a bisteca, de 6,05% e a costeleta, de 1,18%. O frango congelado aumentou em 3,68% e os miúdos, em 1,93%.

Já no grupo habitação, o reajuste foi ocasionado principalmente pelas elevações nos preços de televisores (8,29%), DVD (7,27%), álcool para limpeza (7,04%) e refrigerador (6,96%). Já no grupo Transportes, foram observados aumentos nos preços ao reajustes dos preços dos combustíveis, destacando o etanol, com 2,94%; a gasolina, com 0,95%; e o diesel, com 0,83%.

No grupo Saúde, os principais reajustes foram registrados nos preços do analgésico e antitérmico, da ordem de 2,95%; do anti-inflamatório e antirreumático, de 1,95%; e do antigripal e antitussígeno, de 1,06%. Finalmente, no grupo Vestuário, os principais aumentos ocorreram nos preços dos seguintes itens: sapato masculino (14,37%), calça comprida feminina (5,28%) e camisa masculina (2,16%).

O IPC/CG é um indicador da evolução do custo de vida das famílias dentro do padrão de vida e do comportamento racional de consumo. O Índice busca medir o nível de variação dos preços mensais do consumo de bens e serviços, a partir da comparação da situação de consumo do mês atual em relação ao mês anterior. O IPC/CG é calculado mensalmente, com início da coleta de preços todo primeiro dia útil do mês.