GEEK | 26 de outubro de 2010 - 15:58

Garoto de 12 anos descobre falha crítica no Firefox

Alex Miller, um garoto norte-americano de 12 anos, recebeu um cheque de US$ 3 mil por ter descoberto um bug crítico no navegador Firefox, da Mozilla. Como parte de um projeto de "caça aos defeitos", a quantia é paga pela empresa às pessoas que encontram - e comunicam à companhia ¿ falhas críticas em seu software.

Não é nada comum um garoto, prestes a entrar na adolescência, ganhar US$ 3 mil por menos de duas semanas de trabalho. Mas Miller também não é um garoto comum. E não estamos falando de levantar uns trocados lavando o carro daquele tio pão duro.

Há alguns meses, a Mozilla lançou um desafio, pedindo para que desenvolvedores e profissionais de programação encontrassem falhas graves de segurança no Firefox. Segundo o site CNET, Miller ficou sabendo do desafio quando a Mozilla ainda pagava US$ 500 pelas descobertas, e isso o motivou.

Após algum tempo ele começou sua pesquisa, sem saber que o valor oferecido a quem achasse as falhas já tinha subido. Trabalhando de forma regrada, por 90 minutos por dia, durante 10 dias, o menino da cidade de San Jose, nos EUA, descobriu uma brecha de segurança nos códigos do navegador, ganhando a recompensa de aproximadamente R$ 5.250.

"A Mozilla depende de colaboradores como esses para nossa sobrevivência. Somos uma comunidade formada majoritariamente por voluntários. Portanto, nós encorajamos as pessoas a se envolverem nesta comunidade, mesmo que nem todos sejam um gênio de 12 anos de idade", disse Brandon Sterne, gerente do Programa de Segurança da companhia.

De acordo com o jornal Mercury News, Sterne ainda disse que o acréscimo no valor pago aos profissionais se deu para refletir as mudanças na economia e no mercado.

A mãe do garoto, Elisa Miller, diz que ele é autodidata. "Ele aprendeu lendo os livros técnicos do pai. Acho que ele tem um dom para tecnologia", disse ela.

O jovem tem outras paixões, como badminton, política, aulas de violão e mandarim. Além disso, ele se empolga ao descrever sua missão de construir um robô de ataque mortal para participar da Olimpíada de Ciências do colégio onde estuda. Se continuar trilhando estes passos, certamente Alex terá um futuro brilhante.