Vander Loubet | 20 de outubro de 2010 - 17:22

Leia o artigo "A dimensão do agronegócio nos governos" Vander Loubet

O presidente Lula chega ao fim do seu governo com o maior índice de aprovação da história: mais de 80%. Tal número comprova que, entre outros méritos, o governo do PT atendeu expectativas de todos os setores da sociedade, um deles de importância fundamental para o bem-estar e o progresso de Mato Grosso do Sul: o agronegócio.


A produção rural é a base do crescimento do Brasil. É com essa dimensão que os produtores são vistos pelo governo Lula e recebem dele o melhor tratamento já dedicado à classe por um presidente da República.


Em 2003, herdamos do governo do PSDB um país com produção de 85 milhões de toneladas de grãos e agricultores sem crédito, sem recursos para plantar, pois não podiam renegociar suas dívidas. Na pecuária, a arroba do boi oscilava na casa dos 20 dólares. Muitos diziam que um governo petista iria complicar mais as coisas.


Ciente da importância do agronegócio e respeitando o suor e o ideal de cada produtor, Lula pôs no comando do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento dois homens comprometidos com as causas do setor produtivo: primeiro Roberto Rodrigues, sucedido por Reinhold Stephanes. Resultado: a produção agrícola quase dobrou - saltou para 165 milhões de toneladas - e a arroba passou dos 50 dólares!


Este salto extraordinário, que nos coloca como os maiores exportadores de proteínas do mundo, só foi possível porque houve uma junção de competências nas ações e objetivos entre produtores, técnicos, políticas corretas e um governo comprometido com as aspirações dos produtores e, por extensão, de todo o povo brasileiro.


É necessário observar que o fortalecimento do mercado interno possibilitou o consumo de grande parte da nossa produção. Enquanto o mundo debate-se em meio a graves crises, os trabalhadores brasileiros aumentam sua renda, têm emprego e consomem como nunca nossa produção de carnes e grãos.


Que o agronegócio melhorou, os números comprovam. Só não vê quem não quer. Sinto-me feliz por ter participado de forma intensa e decidida, como deputado federal, dessa revolução rural para pequenos e grandes produtores. O Brasil avança graças à força e ao ideal dos homens e mulheres do campo, que continuarão tendo todo nosso apoio.


Evidente: há desafios no campo que precisam ser solucionados, entre os quais as demarcações de terras indígenas, a reforma agrária e o novo código florestal. São desafios cujas respostas - baseadas nas normas constitucionais, no respeito à propriedade produtiva e aos direitos consolidados - estão sendo e serão dadas por um governo que governa para todos e age em busca do desenvolvimento sustentável e da paz no campo.


Ao homem do campo não faltaram e não faltarão o apoio e o reconhecimento do governo do PT. Prova disso é que o setor rural recebeu mais de 150 bilhões de reais para financiar a safra, cinco vezes mais que os 28 bilhões de reais destinados pelo governo do PSDB.


Por fim, ressalte-se que, ao contrário das previsões de mau agouro feitas antes da posse de Lula, foi justamente no governo do PT que as entidades ruralistas mais se fortaleceram e tiveram do presidente o reconhecimento de sua importância política, institucional e social neste novo, moderno e democrático mosaico social que projeta o Brasil entre as maiores nações do planeta.


*Deputado Federal (PT-MS