Dourados Agora | 14 de outubro de 2010 - 14:35

Chuva irregular atrasa semeadura de soja na região dos Chapadões

O início da semeadura da cultura da soja na safra 10/11 está sendo prejudicado pela falta de chuvas na região dos Chapadões, e quando comparada com a safra passada, a área semeada nesta mesma época (primeira quinzena de outubro) caiu de 40 para 20% devido as irregularidades de chuvas que vem ocorrendo na região.

O produtor rural precisa tomar algumas precauções perante as condições adversas neste início de plantio para atingir boas produtividades na colheita como: determinar a germinação real das sementes de soja e assim fazer a regulagem das semeadoras para obter estandes de plantas recomendados de acordo com a época e a cultivar. Adquirir sementes de fontes idôneas com certificação; tratar as sementes com produtos registrados no ministério da agricultura para diminuir as perdas por pragas e doenças iniciais são práticas também recomendadas.

Com o atraso da safra de soja, as áreas destinadas para plantio de safrinha com milho e algodão após a colheita da soja serão também prejudicadas, pois as épocas ideais de semeadura em safrinha são na segunda quinzena de janeiro para o algodão e início de fevereiro para a cultura do milho. Já para culturas mais resistentes a estresses hídricos como sorgo e girassol o efeito deste atraso é menor, pois as épocas de semeadura em safrinha para ambas as culturas são na segunda quinzena de fevereiro e primeira de março.

Vale ressaltar, que o período ideal para as principais cultivares que estão sendo plantadas na região dos Chapadões compreende entre os dias 20 de outubro a 10 de novembro, onde nesta época o maior potencial produtivo é explorado pelas cultivares. Portanto, os objetivos maiores por épocas antecipadas de semeadura são: aproveitamento de áreas destinadas para safrinha após a colheita de soja precoce (não ultrapassar 30% da área) e ainda uma ferramenta no manejo da ferrugem para que maiores severidades da doença não coincidam com início de florescimento e enchimento de grãos, diminuindo assim o número de aplicações de fungicida.