13 de outubro de 2010 - 08:27

Eleição 2010: ainda somos minorias na política, por Carolina Assis

Eleição 2010: ainda somos minorias na política

(*) Carolina Assis  

 

“São poucas, ainda, as mulheres que conquistam posições de destaque no campo político”...

 

Posso citar como exemplo o resultado da eleição estadual 2010, em Mato Grosso do Sul, onde elegemos apenas duas deputadas estaduais. A mulher foi considerada patrimônio do homem, e hoje cabem a todos nós cidadãos mudar essa realidade no dia-a-dia.

 

Elas são maiorias entre a população, as mulheres seguem com menor inserção na política brasileira, onde se revela a natureza atrasada da nossa sociedade conservadora. Apesar desse pequeno número de mulheres na política, percentual baixo até para os padrões internacionais médios. E embora sejam minorias, as mulheres, é visível o crescimento progressivo na participação delas na política, desde 1989, quando o país foi às urnas para escolher um presidente pela primeira vez após a ditadura militar.

 

Na pesquisa divulgada pela União Interparlamentar (IPU, da sigla em inglês), que analisou 187 países, apontou uma pequena tendência de crescimento na presença de mulheres nas Casas Legislativas de diversas partes do mundo. Nosso país nunca teve sequer uma mulher que tenha disputado com chances reais as eleições para a Presidência da República.

 

E hoje, estamos no século XXI, temos a participação igualitária de mulheres e homens nos processos de tomada de decisões em quase todos os níveis. As mulheres têm maior acesso e conhecimento efetivo nas esferas de poder e na tomada de decisões, com representação equilibrada no mercado de trabalho, nos cursos superiores e menos na política. É preciso denunciar o que ainda falta para que se alcance a plena igualdade entre mulheres e homens no poder Executivo, Legislativo e Judiciário.

 

O movimento feminista na política é basicamente importante para o avanço das políticas de gênero no Brasil. As mulheres são muito mais humanas e lutam com mais empenho por bandeiras de inclusão social, como; educação, segurança, saúde, pelo fim da violência contra as mulheres e também pelo reconhecimento de um trabalho invisível e silencioso que é o trabalho doméstico.

 

As inserções das mulheres na política aumentam as possibilidades de mudança em direção a uma sociedade mais justa, fraterna e democrática. Elas contribuem na mudança de suas comunidades, seus países e o mundo.  Mas não basta ser mulher para mudar a condição da mulher na política. É preciso que a política seja vista pela ótica da mulher. Só assim haverá uma inovação, e a participação feminina será uma conquista, não uma concessão.

 

Independente do que possa acontecer nos próximos dias, o que estou tentando alertar todas nós não é para que votem somente em mulheres, mas em quem tem melhores condições de exercer o poder e nos representar no panorama político brasileiro.

 

É importante dizer que para começar a construir um futuro melhor, não precisamos de pouca coisa. Um país novo não se faz com promessas, se faz com a soma de propostas coerentes, e com a união de forças para que possamos construir um Brasil democrático.

 

Sem mais, agradeço deixando a seguinte consideração: a política é a arte de aliarem-se meios a fins.

 

(*) Jornalista, DRT-394/MS

Ass. de Impr. Dep. Est. Amarildo Cruz

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Contato – 8436-9196 ou 9252-5197